quinta-feira, 31 de julho de 2008

Como ser um Guerreiro de Oração

Ralph Mahoney

Capítulo 1 Por que Deus pede que oremos a Ele ?

A. O Entendimento do Domínio do Homem

Durante alguns anos, eu achava muito difícil entender porque o Senhor me convidava e me ordenava a orar. Por que era necessário que nós orássemos ? Deus é Deus e, assim sendo, porque Ele simplesmente não faz o que quer ? Ou, até mesmo, por que fazemos parte deste quadro ? Por que os acontecimentos da terra estão, de algum modo, relacionados com as nossas orações ? Eu sabia que a oração funcionava, porque eu via os efeitos das minhas orações na minha vida cotidiana. No entanto, não sabia porque Deus queria me envolver neste processo. Qual seria, de fato, o propósito da oração ?
1. Deus deu domínio ao homem
João 5:26,27 é uma chave que me ajudou a abrir a porta para o entendimento que resolveu algumas destas minhas indagações sobre a oração que me deixavam perplexo. “O Pai deu-Lhe (ao Filho) autoridade...porque é o Filho do Homem” Talvez pensássemos que o versículo deveria dizer: “porque Ele é o Filho de Deus, mas o versículo não diz isto. Diz: "porque é o Filho do Homem" Porque era necessário que Jesus fosse o “Filho do Homem” para que tivesse autoridade na terra ? Encontramos a resposta em Gênesis 1:26. Vemos, aí, que o Senhor fez o homem com um propósito divino: “Façamos o homem à Nossa imagem, conforme à Nossa semelhança. Dar-lhe-emos domínio — o direito de dominar — sobre tudo o que se move sobre a terra". Toda a terra foi entregue ao governo ou domínio do homem. O homem foi criado com este propósito na mente de Deus. Deus fez dele o cabeça, ou autoridade principal sobre a terra. Davi confirma isto nos Salmos, ao referir-se á posição especial que o homem tem no plano de Deus através dos séculos: “Que é o homem mortal para que te lembres dele ? . . . Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das Tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés” (S1 8:4,6). A frase “debaixo de seus pé” é um termo hebraico que significa que o homem deveria ter autoridade sobre toda a Sua Criação na terra. Ele deveria governá-la, dominá-la e chefiá-la por completo. Deus fez o homem com esta intenção e propósito. No Novo Testamento, este conceito é ampliado ainda mais: “Que é o homem para que dele Te lembres ?... Tu o coroaste de glória e de honra, e o constituíste para dominar sobre as obras de Tuas mãos. Colocaste todas as coisas debaixo de seus pés... “(Hb. 2:6-8). Há uma indagação e assombro santos com relação a essas palavras que vão quase além da nossa compreensão. Nada foi deixado fora do domínio do homem que anda numa correta comunhão com Deus.
a. Deus não mudará de idéia. A Bíblia diz em Romanos 11:29 que “os dons e os chamados de Deus são sem arrependimento". A palavra grega traduzida como “arrependimento” é “metanóia”. Significa “termos uma mudança de mente, revertermos a nossa direção”. Se estivermos indo numa direção, damos meia volta e seguimos na direção oposta. Isto significa que Deus não mudará de idéia com relação ao domínio e a autoridade que delegou ao homem, o qual possui a Sua imagem e semelhança. Ele não mudará de idéia com relação aos Seus chamados, pois são sem arrependimento ! Deus não reverterá a Sua direção. Moisés explicou isto com as seguintes palavras: “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem para que Se arrependa [mude de idéia]... se Ele falou, não o confirmaria então ?” (Nm 23:19). A questão é a seguinte: Quando Deus criou o homem e deu-lhe autoridade e domínio sobre toda a terra, foi um compromisso de honra que Ele assumiu por todo o tempo e eternidade. Ele não mudará de idéia. O Seu propósito para o homem, desde o início, permanecera eternamente o mesmo, o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, tem um destino divino e real de exercitar o domínio e a autoridade neste mundo. Ele deve ser o cabeça de tudo.
2. O homem perdeu o domínio para Satanás
Através de Gênesis Capítulo 3 sabemos que Satanás entrou no Jardim do Éden e, após enganar a Eva, obteve acesso a Adão. “Adão não foi enganado... “(1 Tm2:14). Adão escolheu comer o fruto proibido e "por um homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens.., a morte reinou.., a morte reinou por esse...” (Rm 5:12,14,17). Aquele através de quem a morte reinou era o diabo. “tinha o império da morte, isto é, o diabo”(Hb 2:14). Um estudo cuidadoso do texto grego, revela esta percepção interessante em Hebreus 2:14. O versículo poderia ser parafraseado como segue: “Jesus veio para tornar inútil e fraco aquele através de quem o domínio da morte foi canalizado, o próprio diabo". Quando Adão e Eva se renderam (se submeteram) às mentiras de Satanás, eles se colocaram sob o domínio dele. “a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos.., ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça". (Rm6:16). Portanto, Adão e Eva perderam o direito de governar - um direito concedido por Deus. Satanás tomou esta autoridade e poder e os reteve firmemente.
a. Satanás governou através do domínio da morte. Adão teria vida eterna enquanto obedecesse a Deus. Isto contribuiria para aumentar a autoridade do seu governo imperial, desde que fosse para sempre. Ele governou através do domínio do poder de uma vida eterna. Em contraste, quando Adão pecou e causou morte passou a todos os homens... “, Satanás governou, se tornando o canal para o “domínio da morte”, o diabo usou este domínio para intimidar e dominar a humanidade - forçar submissão à sua vontade. Através do pecado, o homem desistiu da sua liderança. Quando o homem pecou, a imagem e semelhança de Deus foram arruinadas e seu relacionamento com Deus, foi quebrado.
b. A tentação de Jesus provou o domínio de Satanás. O Diabo tentou a Jesus dizendo-Lhe que Ele poderia dominar e reinar sobre a terra independentemente da Cruz. “Novamente O transportou o diabo a um monte muito alto e mostrou-Lhe todos os remos do mundo, e a glória deles; E disse-Lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares” (Mt 4:8,9). Satanás tinha o domínio e a autoridade para dar todos os reinos da terra e a sua glória a Jesus. A "única” condição seria Jesus prostrar-Se e adorá-lo (na realidade, Satanás ainda seria a última autoridade). A questão é a seguinte: o Diabo tinha de fato autoridade para fazer uma oferta assim, porque o domínio era dele. Era uma oferta válida e uma tentação verdadeira. Como um Filho obediente, Jesus em Sua humanidade dependia totalmente da autoridade mais elevada e maior da Palavra de Deus e do Espírito de Deus. Desta forma, Ele venceu essa tentação e tornou-Se um exemplo para nós.

3. Jesus comprou de volta o domínio do homem

O homem decaiu do seu chamado e o cetro de domínio caiu de suas mãos. Satanás o tomou e o reteve até à vinda de Cristo. Cristo redimiu (recuperou) aquilo que o homem havia entregue a Satanás. Ele fez isto, vindo a este mundo como o Filho do Homem. Hebreus 2:14-16 confirma isto. Ele veio, não somente como o Filho de Deus mas, também, como o Filho do Homem. Existe uma razão importante para isto, de acordo com a seguinte paráfrase: “O divino Filho de Deus tornou-Se o Filho do Homem... através do nascimento sob forma humana. Ele Se tornou um homem como nós, para que pudesse morrer e, através da morte, despojar o Diabo do seu poder...[isto é, tomou o domínio e autoridade de Satanás e restaurou-o ao homem, recriado à imagem e semelhança de Deus]”.

a. Por que o Filho do Homem?
Perguntemos novamente: Por que Jesus Cristo veio como homem ? Por que Ele não veio somente como Filho de Deus ? A resposta é de grande importância, porque se relaciona diretamente com o propósito da oração.
1) Deus não viola a Sua vontade. Deus não força a Sua vontade na área de autoridade do homem (nosso mundo) e não viola o domínio que Ele deu ao homem. Ele criou o homem para dominar e governar na terra. Portanto, o que Deus se propôs a fazer, precisa ser feito - Ele não viola a sua própria vontade e não exerce autoridade num domínio dado a outrem. Por exemplo: talvez o nosso vizinho seja um pintor maravilhoso, porém ele não tem o direito de usar o seu talento em nossa casa, a não ser que seja autorizado por nós. Temos autoridade e domínio em nossas próprias casas. Os outros precisam esperar até que sejam convidados a fazê-lo. De forma semelhante, Deus não entra na esfera terrena do domínio do homem, sem que este o tenha convidado através de oração. Homens e mulheres cristãos têm uma responsabilidade neste mundo, que Deus não assumirá - um domínio que Ele não violará. Ele não pode e nem violará este principio de “autoridade delegada”. “O Pai deu ao Filho autoridade porque Ele é o Filho do Homem” (Jo 5:27).
2) Jesus teve que morrer. O Diabo tinha que ser enfrentado e derrotado. O domínio dele era o “domínio da morte”. Alguém que fosse capaz de morrer tinha que vir, pois era a única maneira para se vencer o domínio da morte. Através da entrada no domínio da morte, nosso Salvador pode ter o acesso necessário para subjugar o reino da morte. O messias triunfou sobre a morte e nos libertou dela e do Inferno. Jesus morreu - e, morrendo, ganhou o acesso ao reino da morte. Ele venceu a morte ! Ele libertou os prisioneiros e conduziu uma multidão de mortos virtuosos, do Inferno para o Céu. “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens... que é, senão que antes também tinha descido às portas mais baixas da terra ? “(Ef 4:8,9).
3) Jesus recuperou o domínio do homem. O domínio do diabo foi finalmente quebrado pelo triunfo de Cristo sobre a morte na cruz e no reino da morte (o Inferno). Era intenção e propósito de Deus, que o homem tivesse domínio sobre a terra e isto só poderia acontecer se Jesus viesse e triunfasse. Ele, então, poderia dizer no dia da Sua ressurreição, "... É me dado todo o poder [domínio] no céu e na terra... e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém”. (Mt 28:18,20). Sessenta anos depois da Sua ressurreição. Jesus apareceu para João na Ilha de Pátamos (onde João se encontrava aprisionado) e exclamou triunfante: “E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1:18). Que Evangelho glorioso ! Portanto, o que Deus tinha que fazer no Jardim do Éden foi feito. Jesus veio à imagem e semelhança de Deus para recuperar o que Adão perdeu e para produzir uma família de filhos à imagem e semelhança de Deus e que exerceria novamente a autoridade e o domínio sobre a Criação de Deus. Jesus Cristo, portanto, veio como Filho do Homem para que, como homem, Ele pudesse triunfar totalmente sobre Satanás. Ele triunfou sobre as tentações de Satanás e provou Sua vitória sobre a morte (da Sua ressurreição). A Sua vitória como “O Filho do Homem” recuperou para todos os homens (que estão dispostos a assumirem a imagem e semelhança de Deus) o domínio que havia sido perdido no Jardim do Éden, através do pecado. - Uma vez que o domínio foi recuperado para o homem, Deus vem, a nosso pedido (em oração), e se introduz no reino humano para que a Sua vontade seja cumprida.
b. Triunfo total.
Na cruz Ele venceu o diabo e seus mensageiros, por todos os tempos e por todos os povos ! “E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em Si mesmo” (Cl 2:15). Ele não somente os derrotou mas "... os expôs publicamente. O que isto significa ? Nos tempos Bíblicos, quando um líder militar derrotava um inimigo, o exército vencedor obrigava o General derrotado e suas tropas, a marcharem atrás do General vitorioso, num desfile público. O povo que se encontrava em ambos os lados do caminho por onde passavam, lhes dirigia impropérios e lhe atiravam pedras pela derrota. Isto é mostrado na vida do Rei Davi, quando o seu filho Absalão o destronou. “Prosseguiam pois o seu caminho, Davi os seus homens: e também Simei ia ao longo do monte, defronte dele, caminhando e amaldiçoando, e atirava pedras contra ele e levantava poeira” (Sm 16:13). Paulo nos diz que era isto o que estava acontecendo no reino espiritual, quando Jesus foi crucificado. Jesus triunfou sobre todos os poderes do diabo e seus demônios. Jesus forçou o diabo e seus príncipes governantes, a marcharem no Seu desfile da vitória para que toda a Criação declarasse - JESUS VENCEU ! Uma vez mais nos foi dado o poder e autoridade para cumprirmos a vontade do nosso Pai - estabelecer o Seu Reino aqui na terra. O propósito de Deus para este mundo será cumprido através do Corpo de Cristo quando orarmos. Ele é a Cabeça Celestial; nós, porém, somos os membros terrenos que compõem este Corpo. Deus teve o propósito de executar a Sua vontade na terra través de você e de mim.Sem Ele não podemos fazê-lo; sem nós Ele não o fará !


c. Deus honra o nosso domínio.
O que foi dito acima explica porque a oração é necessária. Deus honra o domínio que Ele nos deu como homens redimidos. Ele espera que nos acheguemos a Ele em oração, antes que Ele entre na arena terrena. Ele respeita o “domínio” que nos delegou. E por isto que Ele não opera nem intervem até que Lhe peçamos. Na verdade, Deus não opera em nosso terreno sem ter quem trabalhe com Ele - aqueles que descobrirão através da oração, a vontade d’Ele e que venham a praticar a ação necessária para cumpri-la na terra.


B. Compreenção da Intercessão

Intercessão é a oração que flui de um relacionamento e comunhão com o nosso Pai Celestial. Das nossas “conversas" com Ele, descobrimos a Sua vontade. A medida em que temos comunhão com Deus, passamos a descobrir o que Ele quer (a Sua vontade).

1. Colaboradores com Deus
A intercessão significa pedirmos ou convidarmos Deus a executar o que descobrimos que Ele quer fazer na terra. Desta forma, tornamo-nos “colaboradores com Deus”(l Co 3:9). "Se pedirmos qualquer coisa de acordo com a Sua vontade, Ele nos ouve" (1 Jo 5:14).
2. A soberania de Deus e a responsabilidade do homem
Há mais dois versículos em João, Capitulo 5, que trazem um lindo equilíbrio entre "...pedir o que você quer e "pedir de acordo com a vontade [ou soberania] de Deus”. Vocês se lembram que Jesus disse em João 5:27: "O Pai deu ao Filho autoridade... porque Ele é o Filho do Homem Contudo, no versículo 30, Jesus diz: “Eu não posso de Mim mesmo fazer alguma coisa . A autoridade Lhe foi dada porque Ele é o Filho do Homem; contudo, por Si Mesmo Ele não pode fazer nada. Em seguida, Jesus diz: “Julgo somente quando a voz [do Pai] vem para Mim e o Meu julgamento é justo, pois não busco [consulto] a Minha Própria vontade, mas a vontade do Pai que Me enviou”(Jo 5:30). Ele sempre recorre e Se submete à vontade do Pai. O Pai, no entanto, depende d'Ele para ser a Pessoa através da Qual a Sua vontade é feita aqui na terra. O Pai, de maneira nenhuma, se sobreporia à obra voluntária do Seu Filho. Num certo sentido, escolheram ser dependentes Um do Outro. O Filho havia sido enviado para fazer uma obra aqui na terra. O Pai não operava, nem operaria, sem Ele. Da mesma maneira, o Filho não faria nada independentemente da vontade revelada do Pai. E este relacionamento singular e especial entre o Pai e o Filho, que se torna um padrão para nós, na oração. Jesus via o que o Pai estava fazendo e queria que fosse feito. Como Filho do Homem, Ele tinha, então, o direito e a responsabilidade de pedir (num certo sentido, convidar) que o Pai executasse a Sua vontade na terra. O Pai, então, tinha um direito moral de entrar em cena na terra e responder a oração de Seu Filho. “Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra como no Céu” (Mt 6:10). A oração, portanto, envolve o conhecermos a Deus e a Sua vontade. Isso requer que humilde, porém fielmente, Lhe peçamos que Ele produza o Seu propósito aqui na terra. O mundo é a nossa esfera ou domínio de responsabilidade e autoridade que Deus nos outorgou. Portanto, Deus espera pelas nossas orações antes de agir por nós em nossas circunstâncias e atividades terrenas. Quando exercemos o nosso direito de orarmos e intercedermos, Deus tem o direito de entrar em cena para revelar o Seu propósito e poder. A oração significa trazermos Deus em cena, de uma maneira responsável. Contudo, Ele não vem sem um convite !
a. Orar De Acordo Com A Vontade De Deus. Três coisas acontecem quando oramos de acordo com a vontade de Deus:
1) Fazemos as orações de Deus. 2) Sentimos os sentimentos de Deus. 3) Pensamos os pensamentos de Deus.
Deus está esperando que O convidemos a entrar em nosso mundo de necessidades, para que Ele possa executar a Sua vontade, para o nosso bem e para a Sua glória. A oração realmente faz uma diferença ! Vamos orar !
Capítulo 2 A couraça e o cetro da retidão
Introdução
"Revesti-vos de toda a armadura de Deus [Por que? Por esta razão] para que possais estar firmes...” (Ef 6:11). Quando você ora, você está entrando na arena da guerra espiritual e será atacado. Portanto, você precisa da armadura de Deus para protegê-lo (a armadura de defesa) e da espada do Espírito (a sua arma de ataque) para vencer a batalha.
A. A Couraça da Retidão

A policia, da maioria das nações, fornece coletes à prova de balas, aos seus policiais, a fim de protegê-los de ferimentos e para evitar que sejam mortos no caso de serem atingidos. Nos tempos passados, as ameaças eram com pedras, lanças e espadas e a couraça era a proteção dos guerreiros. A couraça da retidão faz hoje, por mim e por você, exatamente a mesma coisa. Ela fornece proteção na guerra contra o pecado e contra Satanás. A “couraça da retidão” é uma parte importante da nossa armadura espiritual. A couraça protege e cobre o nosso coração (nossas emoções e afeições). Há dois conceitos de retidão no Novo Testamento. Ambos referem-se à nossa couraça.
1. A posição correta e a retidão imputada
Um destes conceitos é a nossa “reta posição” diante de um Deus santo. E a bondade do Seu caráter que se torna nossa, em Cristo Jesus ao crermos. E um dom da Sua graça, que é “imputada” (colocada a nosso crédito) quando colocamos a nossa fé em Cristo como Senhor e Salvador. A Bíblia diz: “Abraão creu em Deus, e foi-lhe isso imputado (considerado ou creditado a ele) como justiça...” (Tg 2:23). E o que recebemos quando colocamos todos os nossos pecados numa pilha e todas as nossas boas obras numa outra pilha, fugimos de ambas em direção a Jesus. Quando confiamos por completo e apenas na graça de Deus, não somente somos perdoados dos nossos pecados, mas somos também revestidos da retidão de Cristo. Deus nos vê em Seu Filho como pessoas imaculadas porque Jesus levou os nossos pecados e nos deu a Sua retidão. Isto é “retidão imputada”.
2. O comportamento correto e a retidão revelada
a. O que Deus espera. O Livro de Romanos descreve um segundo tipo de retidão nos capítulos 6, 7 e 8. Deus não somente “imputa” a Sua justiça a nós mas, também, “transmite” (coloca) a Sua reta natureza dentro de nós. Através do poder do Seu Santo Espírito, Deus quer que expressemos ou vivamos uma vida justa e reta. Devemos:
1) ter motivações “corretas”, 2) pensar pensamentos “corretos”, 3) falar palavras “corretas” e 4) agir “corretamente”.
b. Quando outros nos observam. Este segundo tipo de retidão é a santidade no caráter e na conduta. Significa permitirmos que Jesus viva a Sua vida através de nós. É um tipo bem prático de retidão, que pode ser visto por pessoas observadoras e também por Deus. Significa:
1) termos motivações puras, 2) termos atitudes corretas, 3) sermos obedientes a autoridade, 4) falarmos a verdade em amor, 5) sermos honestos em tudo quanto fazemos, 6) trabalharmos em nossos empregos como se Jesus fosse o nosso patrão, 7) servirmos aos outros com alegria, 8) e muito mais...!
c. O Espírito Santo é a chave. Vemos em Romanos 8 que a chave para vivermos uma vida justa e reta é o poder do Espírito Santo. O padrão para uma vida de retidão é a lei, mas ela não pode nos ajudar a vivê-la. Somente o Espírito Santo pode fazer isto. Ele é, contudo, um Espírito “Santo”.
1) Afligir o Espírito Santo é perder a sua proteção.
Sempre que cedemos a desejos ou motivações (nossa carne) que não sejam santos, Ele se entristece e o Seu poder nesta área de nossas vidas é “reprimido” ou enfraquecido (Ef 4:30, 1 Ts 5:19). E, assim, perdemos a proteção que necessitamos. Na verdade, deixamos de lado a nossa “couraça da retidão”, nos abrimos e nos expomos ao ataque do Diabo, o qual com toda a certeza, responde !

2) Viva corretamente e desfrute da proteção.
Há uma proteção por detrás da couraça da retidão (comportamentos ou ações corretas). Se fizermos o que é correto, estaremos seguros. Se somos cuidadosos, dedicados e éticos em tudo quanto fizermos, dissermos ou pensarmos, desfrutaremos de proteção e vitória. Sejamos, portanto, puros, limpos e corretos diante do Senhor e diante dos outros, em todas as nossas atitudes e ações. As nossas motivações (os profundos propósitos do nosso coração) devem existir sempre para glorificá-Lo e para fazermos a Sua vontade. Atente às palavras do Apóstolo João ao escrever para a Igreja de Sardo: “Mas também tens em Sardo algumas pessoas que não contaminaram seus vestidos, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso. O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de Meu Pai e diante dos Seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 3:4-6).

3) Estamos em guerra.
Paulo termina suas instruções na preparação para a batalha, com estas palavras: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito.., por todos os Santos” (Ef 6:18). O campo de batalha está repleto de mortos e feridos. Milhares e milhares de lideres ao redor do mundo, que certa vez foram poderosos e úteis na obra de Cristo, agora estão desqualificados. POR QUE ? Por causa da ausência da couraça da retidão. Efésios 6 é a grande obra do Apóstolo Paulo, na GUERRA ESPIRITUAL. Leia os seguintes versículos de Efésios 6: Versículo 10: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder Versículo 11: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do Diabo". Versículo 13: “Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes". Versículo 14: “Estai pois firmes, tendo cingido os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça ". Paulo estava escrevendo esta admoestação sobre vestirem a couraça da justiça, à Igreja de Éfeso. Éfeso era uma cidade perversa e maligna. Estava, também repleta de pecados sexuais, os quais faziam parte da sua adoração a ídolos. Era um lugar ímpio, imoral e impuro, com seus templos religiosos repletos de prostitutas e de todas as formas de vícios morais. Portanto, de Éfeso as tentações para os cristãos estavam em toda parte. Para sobrevivermos em tais ambientes, devemos “ter cingidos os vossos lombos com a verdade e vestida a couraça da justiça” (Ef 6:14). Isto significa que devemos ter os nossos apetites sexuais e emocionais, sob firme controle.
a. Um dom da Graça de Deus. A nossa “couraça da retidão” é um dom da graça de Deus. É uma forma infalível de defesa. Com esta proteção podemos marchar e invadir o território inimigo, trazendo um testemunho brilhante para a glória de Deus. Batalhas podem ser ganhas e cativos libertos. E foi exatamente isto o que aconteceu em Éfeso ! Deus levantou um testemunho cristão naquela cidade pervertida, o que provou o poder das palavras de Paulo. Uma forte igreja desenvolveu-se em Éfeso. Algumas das maiores revelações de Paulo foram escritas aos crentes de lá. Aprenderam a ver-se como filhos e filhas reais da amada família de Deus. Não somente haviam morrido com Cristo, mas haviam também sido ressurretos com Ele ao Seu real trono no Céu. Experimentaram a graça de Deus, prometida em 1 Samuel 2:8: “Ele levanta o pobre do pó, e desde o esterco exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória...” Esta promessa pode ser experimentada por nós, até mesmo em ocasiões de fracasso e desânimo. O salmista Davi passou por isto em sua própria experiência pessoal. Houve uma época em sua vida em que havia fracassado diante de Deus e caído num grande pecado. Ele se arrependeu com profunda tristeza e Deus, em Sua graça, o restaurou. “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pós os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos “(Si 40:2).
b. A retidão é essencial. Como o inimigo entra na vida de um líder como Davi? Esta é uma pergunta importante e merece uma resposta franca. O inimigo entra, sempre que desonramos as leis de Deus e nos contaminamos com o pecado. Desta forma, esmorecemos nos padrões de retidão em alguma área de nossas vidas. Quando oramos, a couraça de retidão é especialmente decisiva. O Rei Davi disse: “Se eu atender à minha iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Sl. 66:18). A ausência de iniqüidade é essencial para um ministério de oração frutífera. A iniqüidade aturde os ouvidos de Deus para as nossas orações, mas .. a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5:16). É a falta de retidão na liderança que causa mais problemas para os líderes, do que qualquer outra coisa
B. O Cetro da Retidão

Vimos como é importante a couraça da retidão. Aprendemos que a retidão é o santo caráter de Deus, na nossa vida diária. É a lei de Deus expressa na vida do homem, através da graça do Espírito Santo (Rm 8:2). A couraça da retidão é a nossa defesa contra motivações, atitudes e ações incorretas. Se pusermos de lado esta parte da armadura, seremos enganados e destruídos.
1. A autoridade provém a retidão
A retidão, contudo, tem um outro papel importante na vida do guerreiro de oração. Davi falou as seguintes palavras proféticas sobre o Filho de Deus: “O Teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; a justiça é o cetro do Teu Reino “(51 45:6; Hb 1:8). Adão havia recebido o “cetro” para governar na época da Criação. Ele recebeu o domínio (o direito de governar) sobre toda a terra. Ele havia sido criado à imagem de Deus - um quadro santo de retidão. Enquanto estivesse crescendo na vida à imagem de Deus, ele teria autoridade para governar sobre todas as coisas na terra.
2. O pecado acarreta a perda da autoridade
Quando Adão desobedeceu a Deus, pecando voluntariamente, o cetro de autoridade caiu de suas mãos. Ele caiu do seu lugar de domínio e perdeu o seu direito de governar (Gn 3:24). Por que? Porque o cetro do Reino de Deus é um cetro de retidão. O pecado estragou a sua imagem de retidão e, uma vez que a autoridade provém da retidão, Adão perdeu-o seu domínio. Salmos 45:7 vai além e diz, com relação a Cristo: “Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso Deus (o Pai) Te ungiu acima de todos os outros”. A Sua elevada “unção” e autoridade Lhes foram concedidas porque Ele odiava o que era mau e errado, e amava o que era santo e correto. Esta é a razão porque Ele retinha o cetro. A autoridade provém da retidão (comportamento correto). Observamos esta verdade espiritual na vida de Jesus. As pessoas ficavam maravilhadas e estupefatas pela autoridade de Suas palavras e obras. Os demônios fugiam; os enfermos eram curados; os mortos eram ressuscitados; os pães eram multiplicados; as tempestades eram acalmadas e muitos outros sinais e maravilhas foram vistos e ouvidos. Se violarmos este princípio de retidão limitaremos então a demonstração do poder e autoridade de Deus através de nossas vidas.
3. O poder na oração
Hebreus 5:7 nos diz: “oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas... foi ouvido quanto ao que temia’ A sua devoção fez com que as suas orações fossem ouvidas e atendidas.
a. Viver honradamente. Se quisermos que as nossas orações sejam ouvidas e atendidas, devemos viver uma vida de retidão, do contrário o Senhor voltará a sua face contra nós. Se o nosso relacionamento familiar não está sendo satisfatório, isto pode impedir a eficácia das nossas orações. “Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações “ (Pe 3:7). Se quisermos ser eficazes na oração, devemos nos lembrar de que “E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre aterra” (Ap 5:10). A Bíblia diz, "...justiça e juízo são a base do seu trono” (Sl 97:2). “Eis aí está que reinará um rei com justiça... “(Is 32:1). O trono de Deus e o cetro de autoridade estão com aqueles que vivem uma vida de pureza e santidade perante Deus. "...purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2 Co 7:1). Cornélio era um homem virtuoso e, por isso, as suas orações eram atendidas. “E havia em Cesaréia um homem por nome Cornélio... Piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus. “Este, quase à hora nona do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus que se dirigia para ele e dizia... As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus” (At. 10:14). Observe a relação entre as suas esmolas (caridade - altruísmo) e suas orações. As suas ações virtuosas faziam com que Deus ouvisse as suas preces. “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos- às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males” (I Pe 3:l2). Ações virtuosas não compram favores de Deus mas elas fazem com que Deus fique atento, quando oramos.
b. Comprometidos com a retidão. Não quero que você pense que eu esteja pregando uma perfeição absoluta, ou seja, a condição de estarmos acima de todo e qualquer pecado. 1 João 1:8 nos diz o seguinte: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”. Todos fracassamos de vez em quando, porém o nosso comprometimento básico ou o desejo do nosso coração, deveria ser para com a retidão. Há uma grande diferença entre a prática voluntária de pecado e os fracassos que podem acontecer em momentos de fraqueza. Se nos dedicamos a ser retos, tais fracassos nos levam rapidamente a um arrependimento e a uma tristeza pelos nossos pecados. Queremos “endireitar as coisas” como nosso Pai Celestial tão logo quanto possível. Certa vez, enquanto estava numa fazenda onde se cria ovelhas, eu estava falando sobre a diferença entre um porco e uma ovelha. Quando um porco cai num buraco de lama, ele simplesmente fica deitado lá, divertindo-se. Também, sempre que puder, ele volta para o mesmo lugar sujo. Se uma ovelha cair num buraco de lama, ela tentará fazer todo o possível para encontrar rapidamente o caminho de saída e evitará esse lugar, no futuro. Após a reunião, um dos homens me contou sobre uma experiência pessoal que ele havia tido em sua fazenda. Uma peça da bomba de um dos seus moinhos, ficou emperrada. Como conseqüência, ela bombeou um excesso de água ao chão e fez um enorme buraco de lama. Passaram-se alguns dias, antes que ele pudesse verificar todos os seus moinhos. Quando pôde fazer isto, descobriu que uma das suas ovelhas havia caído naquele buraco de lama. Havia sinais que demonstravam quão arduamente a ovelha havia lutado para sair, porém fracassara. Ela havia se esforçado para livrar-se, porém morreu na tentativa. O~ fazendeiro, então, disse simplesmente: “Isto nos mostra de fato a diferença entre uma ovelha e um porco, não é ?” A verdade espiritual desta historinha é claramente afirmada em Hebreus 12:4: Na luta contra o pecado, ainda não resististes até o ponto de derramardes o vosso sangue“. Este versículo está falando sobre o nosso compromisso para com a retidão. É a motivação básica em nossas vidas de não pecarmos, não importa qual seja o custo ! Sim, podemos cair ou fracassar, mas não temos que permanecer no pecado ou na condenação (a dor da culpa). 1 João 1:9 nos diz firmemente que sempre podemos confessar o nosso pecado. Por causa de Jesus, Deus então nos perdoa e nos purifica de toda quebra de integridade. Ele também nos restaura à alegria da nossa salvação e nos dá um espírito disposto a ser forte em Seu Espírito (S1 51:11,12).
c. Ser equilibrado com relação ao pecado. Quatro vezes Paulo nos exorta a “ficarmos firmes” no Senhor, em (Efésios 6:10-14). Satanás sabe que será impossível para nós, ficarmos de pé e firmes se formos desequilibrados espiritualmente. Portanto, ele sempre tenta nos levar a um extremo ou outro. Ele tenta fazer com que adotemos uma atitude superficial sobre o pecado, ou nos coloca sob condenação e culpa, tentando fazer com que deixemos de seguir a Jesus.
1) Não negligencie o pecado. Por outro lado, ele gostaria de fazer com que usássemos a graça de Deus como uma desculpa para o nosso pecado. “O Senhor compreende que não sou perfeito, e tenho a certeza de que Ele deixa passar as minhas falhas e fracassos”. O Senhor realmente compreende, mas é exatamente por esta razão que Ele não “deixa passar” o pecado. O pecado tem que ser punido e a penalidade tem que ser paga. Você quer saber o que Deus pensa sobre o pecado ? Olhe para o Calvário; ele diz o quanto Deus detesta injustiça. Tudo o que aconteceu a Jesus, quando Ele foi crucificado, mostra o quanto Deus estava zangado sobre o pecado. “Mas a prostituição e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos; “Nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convém; mas antes ações de graças. “Porque... nenhum fornicário, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no Reino de Crista e de Deus... porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Ef 5:3-6). Jesus absorveu toda a ira de Deus, contra o pecado, por nós que cremos n’Ele. “Muito mais agora, sendo justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira” (Rm 5:9). Não devemos tratar o pecado com superficialidade. Veja o preço que Jesus pagou para nos salvar do pecado. Queremos, então, rebaixara valor de Sua morte, vivendo de maneira que O ofenda ? Não ousemos desculpar os nossos pecados. Devemos confessá-los e receber o perdão por todas as iniqüidades.
2) Não viva em condenação. Por outro lado, ou extremo, o diabo gostaria que nos sentíssemos sempre num estado de condenação (dor de culpa). Ele até tentaria fazer com que chegássemos a ponto de duvidarmos da nossa salvação. Ele não pode nos impedir de entrarmos no céu, porém ele tenta fazer com que a viagem seja tão dolorosa quanto possível. Algumas pessoas vivem sob uma nuvem constante de culpa e condenação. Paulo nos ensina em Romanos Capitulo Seis a Oito, que a nossa vida no Espírito pode nos levar a um lindo equilíbrio. Somos salvos pela graça e não pelas obras. Não há nada que possamos adicionar à nossa fé em Cristo. Quando Cristo clamou na Cruz “Está consumado! “, estava consumado de fato ! “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).
3) Livre para vivermos como devemos. Isto não significa que possamos pecar sem medo de nos machucarmos, ou de machucarmos os outros. O perdão não significa uma liberdade para vivermos como quisermos. O perdão é a liberdade para vivermos como deveríamos. Deus não somente quer nos libertar da “penalidade” do pecado mas, também, do “poder” do pecado. A penalidade do pecado precisa ser paga antes que o poder do pecado possa ser quebrado. E isto foi o que Jesus fez na Cruz. Ele pagou a penalidade por nós. Alguém disse que o pecado é sempre uma possibilidade, porém nunca uma necessidade. Em outras palavras, podemos pecar, mas não temos que pecar ! Devido a Satanás e nossa antiga natureza, o pecado é sempre possível. Porém, devido a Jesus e à nossa nova natureza, não é necessário. “Maior é o [Jesus] que está em vós do que aquele [Satanás] que está no mundo]” (1 Jo 4:4).


C. Proteja-se com a Armadura de Deus

A verdadeira marca de um Apóstolo é a seguinte: quando todos ao seu redor já caíram, ele ainda está de pé. Paulo era um homem assim. Por isso suas palavras tinham tanto peso e poder: “A nossa luta não é contra a carne e o sangue mas, sim, contra os principados - as autoridades e poderes - deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus.. “(Ef 6:12,13). Deus nos forneceu as armas e a proteção que precisamos para nos engajarmos na batalha espiritual. “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau (Ef. 6:l3). Paulo viveu, pregou e levantou igrejas em cidades do Império Romano que eram muito ímpias, cruéis e impuras. A sua adoração de ídolos envolvia a imoralidade e pecados sexuais de todos os tipos. Os homens eram motivados por seus desejos de poder, prazeres e lucros. A mente e o corpo eram altamente considerados, mas o espírito do homem recebia pouca atenção. A atitude daqueles dias (o pensamento da época) era atéia (independente de Deus), ou até mesmo contrária a Deus. Em toda parte, os homens haviam caído diante das potestades e forças malignas do seu mundo cruel.

1. A mente: O nosso campo de batalha espiritual
Então "...para que possais resistir no dia mau... e vestida a couraça da justiça; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação (Ef6:l3,I4,l6,l7). As três partes importantes da armadura são a "couraça da retidão”, o “capacete da salvação” e o “escudo da fé’ A nossa mente é o campo de batalha; tanto das forças do bem quanto do mal. E a porta através da qual a revelação e o engano podem entrar em nossas vidas. Se não nos revestirmos de “toda a armadura de Deus... [não seremos capazes de] estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6:11). Não somos deixados, no entanto, sem nenhuma defesa contra as mentiras e enganos do Diabo. O “capacete da salvação” e a couraça da retidão” têm o propósito de nos proteger contra os dardos inflamados da dúvida, do temor, da cobiça, da inveja e de outros pensamentos e sentimentos negativos semelhantes. Os “dardos inflamados” usados em guerras naqueles dias, eram flechas cujas pontas eram untadas com piche e que eram incendiadas para serem atiradas sobre as muralhas e defesas do inimigo. Os telhados de palha pegariam fogo rapidamente e toda a cidade poderia ser destruída pelo fogo.
a. Pensamentos - Os dardos inflamados de Satanás. Um certo amigo meu, que era dedicado a Deus, estava passando por uma verdadeira batalha com pensamentos impuros. Ele realmente amava o Senhor e queria, acima de tudo, andar em retidão. Geralmente, são pessoas assim que são incomodadas desta maneira. Satanás não é nenhum tolo. Ele aponta os seus “dardos inflamados” em direção aos que representam uma ameaça ao seu reino. Certo dia, enquanto estava jejuando e orando sobre o seu problema, o Senhor lhe revelou o que estava acontecendo. O Diabo atirava um dardo inflamado em sua mente, com a esperança de que o meu amigo tomasse aquele pensamento e o abanasse até que se tornasse uma chama. (Podemos fazer isto desenvolvendo a idéia em nossa imaginação, o lugar onde retratamos os nossos pensamentos). Ao recusar-se a fazer isto, Satanás então atirava outro dardo. O revólver dele tem duas “balas”, ou seja, o dardo da culpa e o da condenação. O dardo inflamado da condenação (a dor da culpa) não é fácil de se apagar, porque achamos que o merecemos. O Senhor mostrou ao meu amigo que ele não deveria sentir-se culpado pelos dardos do Diabo, mas que ele era responsável pelo que fazia com eles. Ele não deveria reter-se ou desenvolver aqueles pensamentos, nem tampouco entrar em condenação por causa deles. Qualquer uma destas direções enfraqueceria ou estragaria a sua vida espiritual e o seu tempo.
b. A nossa defesa contra os dardos inflamados. O Senhor, em seguida, mostrou-lhe as defesas que ele tinha no capacete da salvação, no escudo da fé e na espada do Espírito. Pela fé, ele rapidamente traria em cena a presença de Jesus. “Senhor, Tu viste este pensamento também, não é ? E não vamos permitir que vá nem mais um pouco além deste ponto, vamos ? Para trás de nós, Satanás !” Isto resolveu todo aquele problema bem rapidamente. E resolverá para nós também ! Não devemos nos entregar às tentações, nem tampouco à condenação. Não daremos tempo a estes pensamentos e nem nos sentiremos culpados por causa destes dardos.

2. Jesus: O nosso exemplo
Podemos ver estes mesmos princípios na tentação de Jesus. Ele foi tentado, testado e provado em todas as maneiras, exatamente como nós, contudo sem pecado (Hb 4:15). Ele é o nosso exemplo. Há muitas lições que podemos aprender com a Sua vida. Estudemos juntos esta narrativa. Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, uma selvagem e árida região da Judéia. Lá Ele passou quarenta dias sem comida. No final do Seu jejum, Ele encontrou-Se com o próprio Diabo. Três vezes Ele foi tentado a desobedecer a palavra e a vontade do Seu Pai Celestial.

a. Do que dependeu Jesus ? Em Sua humanidade, Jesus tinha que depender das mesmas fontes que nós para vencer o mundo, a carne e o Diabo. Ele não dependia dos Seus poderes de divindade (natureza divina), porém dependia totalmente: 1) do poder do Espírito de Deus e 2) do poder da Palavra de Deus. Ele obteve a vitória em todas as ocasiões e foi totalmente triunfante ! Jesus deve ter contado a história toda aos Seus discípulos. Ele queria que eles, e nós também, soubéssemos como vencermos as nossas batalhas contra o Diabo.
b. Jesus venceu com a Palavra ! Não sabemos se as tentações vieram através de palavras ou pensamentos. De qualquer maneira, porém, era a mente de Jesus que Satanás queria alcançar. As palavras eram reais; as tentações eram reais; o Diabo era real. Cada ataque poderoso foi contra atacado por Jesus com três palavras pequenas, porém poderosíssimas: “Está escrito..." Jesus venceu com a Palavra, a espada do Espírito. Nós também podemos vencer da mesma maneira ! Jesus começou o Seu estudo da Palavra de Deus, ainda como garoto. Tenho a certeza de que o Espírito Santo O ajudou a esconder esta Palavra em Seu coração para que Ele pudesse ser sempre obediente à vontade do Seu Pai (Sl 119:11). Os estudiosos hebreus do Templo maravilharam-se e ficaram estupefatos pela Sua sabedoria na Palavra quando Ele tinha apenas 12 anos de idade (Lc 2:46,47). Nos anos posteriores, ainda era a Palavra de Deus que Ele falava com tamanho poder e autoridade. Uma vez mais, as pessoas ficavam estupefatas e ouviam com grande admiração. Era a Palavra de Deus no poder do Espírito que fazia com que os demônios tremessem e fugissem de medo (Lc 4:32-36). Como é necessário também que nós escondamos a Palavra de Deus e nossos corações e mentes. Ela se torna um depósito divino através do qual podemos resistir aos poderes das trevas. Que lição importante deveríamos aprender com este episódio da vida terrena do nosso Senhor !

3. A Palavra de Deus: A nossa espada espiritual
Há alguns anos atrás, tive o privilégio de aprender com o ministério de um querido irmão. Ele é um querido presbítero e pai no Senhor, agora com noventa e tantos anos de idade. O pai dele era um pregador presbiteriano, que tinha um grande respeito pelas Escrituras. Ele encorajou o filho a lene a aprender a Santa Palavra de Deus. Quando ele tinha cerca de 12 anos de idade, ele já havia decorado todas as Epístolas de Paulo. Com 20 anos de idade, ele já havia decorado todo o Novo Testamento. Com 40 anos de idade, grandes trechos do Antigo Testamento já haviam sido decorados. Ele fez isto, decorando cinco versículos por dia. Num ano, portanto, ele decorava cerca de 1800 versículos. O maior livro do Novo Testamento é Lucas, com 1151 versículos. O Novo Testamento inteiro, tem 7597 versículos e o Antigo Testamento 22485. Este irmão causou um grande impacto na minha vida. Ele foi um dos meus professores no Instituto de Treinamento Missionário em que estudei. Como você já deve estar suspeitando, era exigido de nós, também, que decorássemos as Escrituras. Descobri que após o curto período de um ano eu também estava decorando grandes trechos do Novo Testamento. Tal reservatório da verdade, torna-se um rico depósito onde o Espírito Santo pode recorrer durante épocas de necessidades ou desafios. E uma forte defesa contra os ataques do inimigo. Jesus nos diz em João 14:26, ...o Espírito Santo.., enviará.., todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito’
a. Decore a palavra de Deus. O Espírito Santo faz com que nos “lembremos” de todas as coisas. Isto indica, é claro, que há um “banco de memória” onde o Espírito Santo pode recorrer. Para começar, Ele não pode fazer com que nos lembremos de algo que nunca aprendemos. Isto deveria nos motivar a um verdadeiro desejo de decorarmos a Palavra de Deus. Sei que a idéia de aprendermos trechos das Escrituras, tão grandes assim, pode às vezes desanimar, ao invés de nos motivar. Se esta tarefa parecer muito grande, podemos pelo menos começar, lendo a Bíblia toda, uma vez por ano. Isto exige somente a leitura de cinco capítulos por dia. (Talvez o Novo Testamento possa ser lido mais vezes). Quanto mais lermos, tanto mais o alicerce ou fundamento da nossa fé é estabelecido em nossas mentes. Isto é o que necessitamos quando nos defrontamos com as tentações do Diabo. "Está escrito...” é a nossa melhor defesa.
b. Podemos ser vencedores. Muitas pessoas não têm certeza com relação aos seus relacionamentos com Deus - até mesmo a sua salvação ! E necessário que estejamos firmemente estabelecidos e firmados em nossa fé através da Palavra de Deus. Caso contrário, o inimigo pode fender o nosso capacete e empurrar-nos para fora da nossa fundação ou alicerce. Nossas vidas tornar-se-ão fracas e instáveis e seremos alvos fáceis para os dardos do Diabo, da dúvida e do temor. Fixemos, portanto, com firmeza em nossas cabeças, o capacete da salvação, seguremos fortemente o nosso escudo da fé e tomemos a espada do Espírito com grande confiança. Temos os nossos pés calçados com o Evangelho da paz de Deus. Portanto, ficaremos firmes e seguros. Podemos enfrentar qualquer ataque do Diabo, levantando a espada do Espírito de Deus, que é a Sua Palavra. Com o grito de batalha “Está escrito" o inimigo dá a meia volta e foge. "... resisti ao diabo e ele fugirá de vós’ " (Tg 4:7). “E eles o venceram [a Satanás] pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do Seu testemunho [confissão]... “ (Ap 12:11). Podemos ser vencedores sempre!

D. Guerreiros de Oração

Paulo estava muito familiarizado com a natureza desta batalha espiritual. Em 1 Coríntios 15:32, ele nos diz como ele havia “combatido contra bestas selvagens” em Éfeso. Ele está se referindo aos poderes bestiais dos espíritos malignos e cruéis que se opunham à sua pregação do Evangelho.
1. Os espíritos demoníacos são reais
Já ministramos em mais de cem nações ao redor do mundo. A maioria dessas nações são países pagãos (ateus). Frequentemente podemos sentir a cobertura de trevas e sentir a presença de poderes malignos. A obra de arte dos templos pagãos retratam criaturas horríveis, feias e bestiais. Representam seres espirituais demoníacos, os quais muitos dos artistas viram de fato. Não são somente os cristãos que têm visões e que podem ver o mundo espiritual. Os que servem o Diabo podem ver o mundo espiritual também. Porém, ao invés de terem visões do Senhor e dos santos anjos, têm visões de poderes demoníacos e de espíritos malignos. São muito reais, assim como qualquer pessoa que já tenha viajado por estas partes do mundo pode testificar. Os espíritos malignos talvez não se revelem tão prontamente em algumas partes do mundo e são exatamente tão poderosos mas de uma maneira oculta. Às vezes, podem ser até mais perigosos, uma vez que as pessoas não estão cientes de sua presença. Não temos que sair por aí procurando demônios, porém precisamos estar cientes de que estamos numa batalha espiritual. Desta maneira, estaremos sempre preparados e em guarda.
2. Satanás ataca quando oramos
Num sentido prático, onde geralmente batalhamos contra o inimigo ? Qual é o seu principal ponto de pressão ? Certamente, há uma oposição e resistência contra nós, sempre que tentamos avançar com o Reino de Deus. O conflito mais intenso vem, creio eu, numa área do ministério em que, por anos a fio, não considerei. Refiro-me à batalha para ORARMOS. Creio que o propósito principal de Efésios 6:11-17 é o de nos aprontar e preparar para o versículo 18: “Orando sempre com toda a oração e súplica no Espírito.” Em outras palavras, QUANDO ORAMOS, somos resistidos mais que nunca por Satanás e sentimos a sua pressão. E aqui que podemos esperar que ele venha a nos pressionar e nos atacar e lutar contra nós, mais veementemente.
3. Lembre-se Da Sua Armadura !
A oração no Espírito, com toda a certeza, nos leva ao confronto espiritual com os poderes das trevas. Por esta razão, é importante que não entremos na batalha sem a armadura espiritual e as armas que Deus nos deu. Poderemos sair feridos e derrotados se assim o fizermos ! E verdade que sempre nos movemos pela fé e não pelo temor. Porém, a fé precisa ser direcionada àquilo que conhecemos. Deus não quer que sejamos “ignorantes [sem conhecimento] dos ardis [maneiras e métodos] do diabo “(2 Co 2:11).
4. Há poder na oração
Nos últimos 40 anos, tenho visto as vitórias que Deus pode nos dar através do poder e da autoridade da oração. Isto tem significado a minha própria vida ! Há alguns anos atrás, o Diabo tentou me enfraquecer e me destruir com cólera. As vacinas que eu havia tomado não me forneceram a proteção necessária. No curso natural da enfermidade, eu poderia esperar a morte dentro de duas a quatro horas. Coloquei a minha vida e ministério diante do Senhor e entreguei tudo à Sua vontade. Eu não estava desistindo de tudo com uma atitude fraca e sem fé, porém estava firmemente confessando que a plena vontade e propósito de Deus fossem feitos. Se esta fosse a minha hora para ser levado ao lar celestial, então eu estava pronto para ir. “Porque para mim, o viver é Cristo, e o morrer é ganho”(Fp 1:21). Se Deus não tivesse terminado a Sua obra em mim, então eu seguiria para ministrar numa outra região. Decidi, firmemente. que não me retrairia, porém tomaria uma firme atitude de fé diante do inimigo. A armadura de Deus seria a minha defesa ! Uma vez mais, experimentei o poder da oração e da autoridade dos guerreiros da oração de Deus. O Diabo foi derrotado e a minha vida foi poupada. Vocês podem ver porque, para mim, a oração significa mais do que um simples tema de pregação. Ela é de fato a minha própria vida ! Venha, querido guerreiro de oração. Vista a sua armadura, tome a sua espada e derrote o inimigo, pela autoridade da Palavra de Deus ! Se assim você fizer, você saberá "...o Teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do Teu reino” (Hb 1:8). "Por ventura não é este o jejum que escolhi ? Que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras de jugo ?” “Por ventura não é também que repartas o teu pão com o faminto e recolhas em casa os pobres desterrados ? E vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne ? “Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda. Entâo clamarás, e o Senhor te responderá: gritarás, e Ele dirá: Eis-me aqui... “(Is 58:6-9).
a. Falta poder na sua oração ? Se você estiver lendo isto e estiver ciente de que não está vivendo corretamente, por que não para, agora mesmo, e responde a este convite do Senhor: "Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar “(Is 55:7). A sua oração de arrependimento, a sua confissão, ao Senhor, da sua transgressão, a reparação àqueles a quem você tenha causado algum mal, são passas que podem restaurar a sua comunhão com Deus. E ai, então, você poderá ter poder na oração. Você poderá ter o cumprimento santo desta promessa na sua vida: “E será que antes que clamem, eu responderei: estando eles ainda falando, eu os ouvirei “(Is 65:24).
















Capítulo 3 O Poder da oração quando se ora no Espírito

Introdução
"...não sabemos o que havemos de pedir como convém..." (Rm 8:26). Por mais estranho que pareça, o poder da oração é somente para os que são suficientemente humildes para confessar que não sabem como orar.
O Espírito Santo procura por pessoas assim, para que Ele possa capacitá-las a orar.
"...o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8:26). Somente se tivermos a capacitação do Espírito Santo na oração, poderemos obedecer à convocação de Paulo em Efésios 6:18: “Continuai orando no Espírito... Estejais em alerta... vigiai e orai !”
O que é “oração no Espírito” ? Qual é a diferença das outras formas ou maneiras de oração ? Gostaria de explicar a diferença neste capítulo.
A. Formas Diferentes de Oração

Há muitas maneiras pelas quais podemos nos aproximar do Senhor em oração. Todas são importantes e tem o seu lugar na igreja e no nosso caminhar com Deus.

1. Oração contemplativa
Algumas ordens religiosas consagram suas vidas inteiras à oração. Dedicam-se ao conhecimento de Deus e ao relacionamento com a Sua vontade através da meditação ou reflexão silenciosa e oração. A preocupação delas pelo mundo é basicamente expressa através da “intercessão” - oração em favor de outros. Esta é uma nobre e importante forma de oração. Contudo, os que se envolvem neste tipo de oração, raramente aprendem a “orar no Espírito”.
2. Livros de oração
Muitos têm as suas orações em “livros de oração". Temos um livro de oração na Bíblia: é chamado de Livro dos Salmos. Quando estas orações são lidas com um coração que esteja verdadeiramente buscando a Deus, o Espírito Santo pode trazer a vida da Palavra Viva para a Palavra Escrita.
3. Orações dirigidas
Outros, repetem “orações dirigidas”. Muitos de nós tivemos a ajuda ou direção de outros, em nossas primeiras orações. As criancinhas aprendem a orar com a ajuda de seus pais. Frequentemente, ajudamos as pessoas a fazerem a “oração do pecador”.
Testemunhei, recentemente, um acontecimento engraçado e que me fez bem ao coração, referente à “oração dirigida” numa igreja das Assembléias de Deus. No final do culto, um jovem perguntou a um visitante se ele estava pronto para receber a Cristo como seu Salvador.
“Não, não creio que já esteja pronto”’ foi a sua resposta. O jovem replicou, então: “Será que você saberá o que orar quando estiver pronto ?” “Não, acho que não” foi a resposta honesta do visitante.
O jovem disse, então: “Bem, a oração que você deveria fazer é a seguinte. Basta repeti-la depois de mim”. E, em seguida, ele o conduziu numa simples “oração dirigida” de arrependimento para receber a Cristo como seu Senhor e Salvador.
Enquanto o visitante repetia a oração, lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. O seu rosto brilhou de alegria. O Espírito Santo abrandou-o e Cristo entrou em seu coração — e ele de fato nasceu de novo ! Sim, Deus honra todos os tipos de oração, se formos sinceros e pedirmos com fé.. No entanto, por mais maravilhoso que possa ser, isto não é “oração no Espírito”.
4. Orações do tipo “Listas de compras”
Uma outra forma de oração é o que alguns chamam de abordagem do tipo “lista de compras”. Alguns de nós, temos uma lista de necessidades e desejos que queremos trazer diante de Deus. Escrevemos estes pedidos para .que não nos esqueçamos de continuar orando por diferentes assuntos.
Estas listas talvez incluam pedidos por nossas famílias, amigos, igrejas e pastares. Quando as nossas motivações são corretas, esta também é uma forma de oração que resulta em bênçãos.
Aliás, Tiago 4:2 nos diz que ás vezes ‘não temos porque não pedimos
Um exemplo disto é a parábola do “filho pródigo” (Lc 15:11-32). O irmão mais novo havia pedido e recebido a sua parte da fortuna da família, Em rebeldia, ele deixou o seu pai e o seu irmão mais velho e foi embora.
Muitos meses depois, ele voltou ao lar, arrependido, após gastar toda a sua fortuna. Seu pai o perdoou e convocou a família e amigos para uma linda festa para o seu filho pródigo.
Seu irmão mais velho não gostou da idéia e reclamou que seu pai nunca o havia abençoado daquela maneira. O pai simplesmente replicou: “Tu sempre estás comigo, e tudo o que tenho é teu”
Se ao menos o irmão mais velho soubesse o que o seu relacionamento com o pai significava de fato ! Parece que ele estava vivendo num nível bem inferior ao que era privilégio seu. Se quisesse mais, tudo o que tinha a fazer era pedir. Ele não tinha, porque não pedia.
B. O Abuso da Oração e dos Dons Espirituais

Há dois enganos que podemos cometer, com relação à oração. O primeiro, é fracassar ao pedir. O segundo, é mais crítico: pedir egoisticamente por aquilo que queremos - mesmo se o que pedimos seja contrário ao que Deus quer. Tiago fala sobre ambos os problemas. "...nada tendes porque não pedis... Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (Tg 4:2,3).

1. Orar sem desejo
“Desejo” significa querer algo muito ardentemente. Relaciona-se com a “cobiça” ou desejos egoísticos e com a “concupiscência”, que significa querer algo que pertença a outros. Ela se evidencia ou se expressa de diferentes maneiras. Há a cobiça por posições, poder, lucro financeiro e prazer imoral.
Se usarmos as orações para servir aos nossos desejos, estaremos nos colocando em perigo espiritual. Fracassaremos diante de Deus porque as nossas motivações estão erradas. Estaremos orando, na verdade, com o espírito de avareza ou cobiça.
Se aprendemos que a oração é uma maneira de obtermos qualquer coisa que queiramos de Deus, talvez nem mesmo saibamos que estamos orando mal.
As nossas energias e orações deveriam ser focalizadas em buscarmos "primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça" Aí, então, todas as “coisas” que precisamos nesta vida nos serão acrescentadas (Mt 6:33).
Deus sabe quais são as coisas que necessitamos e Ele promete supri-las, se colocarmos em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça. Se buscarmos as “coisas materiais” ao invés do Reino de Deus, estaremos nos movendo numa direção que não agrada a Deus e que é espiritualmente perigosa para nós.
2. Orar mal
Um dos maiores julgamentos que Deus pode enviar sobre nós é responder às nossas orações que se originam de motivações erradas. Talvez Ele retenha a resposta por algum tempo, mas se continuarmos orando, talvez Ele nos dê o que queremos. Salmos 106:15 diz: Ele lhes concedeu o seu pedido, porém fiz definhar as suas almas".
Os filhos de Israel ficaram cansados da sua dieta de maná (pão do céu). Assim sendo, pediram que Deus lhes desse “carne" para comida. "...cobiçaram grandemente no deserto e testaram Deus através de seus desejos fortes” (Sl.106:14).
O Senhor finalmente lhes concedeu o que haviam pedido, porém fez com que suas almas definhassem e enviou doenças e morte aos seus corpos. Orar mal, pode de fato trazer um final muito triste às nossas vidas.
3. Motivações e atitudes erradas
Podemos abusar ou usar mal os dons de Deus. A história de Balaão é um bom exemplo de abuso de um dom espiritual (Nm. 22-24).
Balaão tinha um verdadeiro dom de profecia. Suas profecias são as mais eloqüentes em toda a Bíblia e nenhuma delas jamais falhou. O problema com Balaão não era o seu dom ou ministério; eram as suas motivações. Balaão usou o seu dom para a sua própria fama e fortuna. Prometeram-lhe ouro e glória caso se unisse com o rei Balaque para amaldiçoar o povo de Deus.
Balaão perguntou a Deus se ele devia ir ao rei Balaque. "Então disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás este povo... “(Nm 22:12).
A princípio, Balaão obedeceu a Deus e recusou-se a ir. Quando o rei Balaque lhe prometeu mais dinheiro e prestigio, no entanto, Balaão mudou de idéia.
Finalmente, Deus permitiu que ele fizesse a sua própria vontade, porém tentou mostrar-lhe que Ele não se agradara, colocando um anjo em seu caminho. Balaão não podia ver o anjo, muito embora a jumenta em que cavalgava, pudesse vê-lo claramente. Balaão ficou muito enfurecido quando a jumenta se recusou a seguir caminho. A cobiça de Balaão pela fama e fortuna, havia cegado a sua visão.
A Bíblia fala das razões porque Deus engana aos Seus servos desobedientes. “E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade" (2Ts. 2:11,l2).
As motivações e atitudes de Balaão estavam erradas. Ele estava disposto a amaldiçoar o povo de Deus por causa de sua própria fama e fortuna. Ele escolheu ter "prazer na iniquidade”. Portanto, Deus enviou-lhe uma forte ilusão. Ele estava no caminho errado e não sabia. Ele ficou tão cego, devido às suas motivações e ações corruptas, que ele nem ao menos podia ver a espada de advertência do anjo de Deus.
O final da história foi triste e trágico, tanto para Balaão quanto para Israel. Balaão morreu por causa do seu pecado. (Nm31:8).
Sejamos como Jesus: "Pai, se queres, afasta de mim este cálice, todavia não se faça a minha vontade, mas a Tua” (Lc 22:42).
C. O Espírito Santo nos ajuda a Orar

Precisamos compreender a razão pela qual Paulo nos exorta e nos estimula a “orar no Espírito”. Como veremos mais tarde, esta é uma forma garantida de evitarmos orações “vãs”. Paulo desenvolve o seu pensamento em Romanos. Ele explica cuidadosamente o que o Espírito Santo pode fazer por nós, quando nos entregamos a Ele, enquanto oramos:
“Nem ao menos sabemos como ou pelo que orar como deveríamos. O Espírito Santo, contudo, nos ajuda em nossas fraquezas. Ele faz isto, orando por nós e através de nós com sons e gemidos profundos demais para poderem ser expressos em palavras. Deus conhece os nossos corações e a mente do Seu Espírito. E o Espírito Santo sempre ora pelos santos de acordo com a vontade de Deus “(Rm. 8:26,27).
Todos nós, em certas ocasiões, já enfrentamos circunstâncias e problemas pelos quais não sabíamos como orar de fato, como deveríamos.
Às vezes, os problemas podem ser tão grandes, nas vidas das pessoas, que não sabemos como ajudá-las. Além disso, há muitos tipos diferentes de problemas. Podem envolver decisões, pessoas, lugares, finanças, saúde e necessidades espirituais.
Em geral, parece que tudo está amarrado num grande nó. Não sabemos onde começar a tentativa de desatarmos este nó por nós mesmos. Queremos fazer a coisa certa, da maneira certa, com as pessoas certas, no lugar certo, com o motivo certo. Mas, onde começamos ?
Que consolo, sabermos que o Espírito Santo nos conhece melhor do que nós próprios nos conhecemos ! Ele sabe quem somos, onde estamos e como estamos. Ele também sabe qual é a vontade de Deus e a Sua resposta para a nossa necessidade. A Sua sabedoria e poder compensam a nossa falta de conhecimento e as nossas fraquezas. E mais que isto, Ele está disposto a orar por nós e através de nós, para que a vontade de Deus possa ser feita. Como isto acontece ? Acontece quando “oramos no Espírito”.
1. Orar no Espírito
Esta expressão é usada no Novo Testamento para descrever um tipo de oração que vai além das limitações do nosso intelecto e do nosso entendimento. Em Judas 20, temos a seguinte exortação: “Edificando-nos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo.” Em Efésios 6:18, Paulo também nos exorta: "... orando sempre com toda oração e súplica no Espírito.”
a. O dom de línguas dado pela oração. Paulo explica como fazemos isto, em 1 Coríntios 14:14: “Se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora..." Uma das funções principais do dom de línguas é o de “orarmos no Espírito”. “O que fala em língua estranha não fala aos homens, mas a Deus” (1 Co 14:2). O falar com Deus em oração é um dos abençoados benefícios secundários de sermos batizados no Espírito Santo, com o resultado de falarmos em línguas.
b. O Espírito Santo nos ajuda. Quando nos entregamos ao Espírito Santo em oração e começamos a “orar no Espírito”, Paulo nos ensina em Romanos 8:26,27 que três coisas importantes acontecem:
1)O Espírito Santo nos ajuda a orarmos as orações de Deus. 2)O Espírito Santo nos ajuda a sentirmos os sentimentos de Deus. 3) O Espírito Santo nos ajuda a pensarmos os pensamentos de Deus.
c. Devemos nos entregar a ação do Espírito.
1) Orando as orações de Deus.
Em 1968, no Retiro do WORLD MAP em Santa Cruz, Califórnia, estávamos dirigindo um dia de jejum e oração. Uma profetisa mais idosa chamada Ruth Banks fazia parte do grupo de oração que eu estava liderando.
Para surpresa minha, quando ela pôs as mãos na cabeça de um homem e começou a orar, parecia que ela sabia tudo a respeito dele. Ela orou por detalhes íntimos da vida dele, que ninguém conhecia, a não ser ele mesmo (e o Espírito Santo).
As pessoas por quem ela orava, irrompiam em choro de alegria e gratidão ao Senhor, porque sabiam que as orações de Ruth Banks nasciam no Céu. Sabiam que ela estava se entregando à ação do Espirito Santo em sua vida e estava orando as orações de Deus. Estas pessoas se sentiram muito encorajadas, ao compreenderem que Deus sabia tudo sobre seus problemas e que Ele as amava o suficiente para fazer com que uma de suas servas orasse pelas mais profundas necessidades de suas vidas..
A Bíblia nos diz que é isto o que deveria acontecer quando permitimos que o Espírito Santo opere através de nós. “Os segredos dos corações dos homens serão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorarão a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós”(I Co 14:25).
Pedi ao Senhor, naquele mesmo dia, em Santa Cruz: “Querido Senhor, permite-me orar como a Ruth Banks”. Sinto-me feliz por relatar que nos anos que se seguiram, o Senhor respondeu esta oração, à medida em que tenho aprendido a entregar-me à ação do Espírito na minha vida. Ele fará a mesma coisa por você se você passar bastante tempo em Sua presença, esperando no Senhor . Você poderá orar as orações de Deus à medida em que você aprender a usar o dom de línguas, de interpretação e de profecia na oração.

2) Sentindo os sentimentos de Deus.
Em Romanos 8:27, Paulo nos ensina que o Espírito Santo faz intercessão através de nós e para nós, de acordo com a vontade de Deus, pois Ele conhece a mente (ou vontade) de Deus.
Não há nada mais importante do que a vontade de Deus para as nossas vidas. O nosso ministério aos outros será uma bênção somente se revelar a vontade d’Ele para estas pessoas. Esta é uma razão importante para orarmos no Espírito.
Deus frequentemente revela a Sua vontade através da oração quando ministramos aos outros. Gostaria de compartilhar alguns exemplos com vocês.
Em nossos retiros de verão, na Costa Oeste dos E.U.A., consagramos um dia para jejum e oração. Em seguida, designamos lideres que supervisionem grupos de cinco ou seis crentes espiritualmente maduros. Passamos o dia orando pelas pessoas que têm necessidades, as quais se aproximam, uma de cada vez.
Geralmente, Deus revela detalhes sobre as pessoas por quem estamos orando, para que possamos orar por elas de uma maneira bem especifica. Todo o grupo de oração permanece aberto ao Senhor para receber as Suas direções.
Cada integrante do grupo talvez receba uma parte da vontade de Deus, para a pessoa que veio pedir oração. Enquanto surgem as revelações desta forma, pelo Espírito de Deus, elas podem ser “verificadas” pelo grupo como um todo.
É bom sabermos que não somos infalíveis (incapazes de cometer erros) enquanto nos movemos nos dons do Espírito Santo. Há sabedoria e segurança quando recebemos uma “palavra do Senhor” que seja confirmada e concordada por outros. Quando todos os membros do grupo concordam sobre algo, podemos seguir esta direção na oração.
Este método segue o modelo da Bíblia: “Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda a palavra” (2 Co 13:1). “E falem dois ou três profetas e os outros julguem” (1 Co 14:29).
Desta forma, a vontade e a palavra de Deus revelam-se à medida em que o grupo espera no Senhor e nos ministérios dos outros integrantes.
a) Três Exemplos:

1) Um espírito de enfermidade.
Um outro exemplo de como o Espírito Santo nos ajuda em nossas orações, aconteceu no mesmo retiro espiritual. Uma senhora pediu que orássemos por um problema físico. Ela tinha um poderoso ministério de “oração intercessória” (oração contra o diabo e suas forças), em beneficio dos outros. Esta é a “guerra espiritual” sobre a qual falamos em outros artigos.
Enquanto orávamos por ela, Deus nos mostrou que o seu problema físico tinha uma causa espiritual. Quando estava orando contra os poderes das trevas, ela foi atacada pelo inimigo com um golpe que afetara o seu corpo físico. A causa era um poder maligno e não algo do mundo físico natural. Ela não sabia disto e já havia procurado ajuda de outras formas.
Enfrentamos o diabo e suas forças malignas através do poder da oração e da autoridade da Palavra de Deus. Enquanto orávamos em línguas, por ela, havia um tom combativo acompanhando a nossa oração. Sabíamos que estávamos combatendo um espírito de enfermidade que a estava amarrando. Ordenamos a sua libertação no poderoso nome de Jesus, e ela foi liberta imediatamente! Através da oração no Espírito Santo, a vontade e a direção de Deus quanto à necessidade dela, nos foram reveladas. Ele fez com que orássemos as orações de Deus, que sentíssemos os sentimentos de Deus e que pensássemos os pensamentos de Deus.

2) Liberados para o Senhor.
No fim daquele mesmo dia, oramos por uma outra senhora que estava com um problema muito difícil. Ela tinha marido e três filhos adolescentes, os quais exigiam dela muito do seu tempo e da sua atenção. Além de todas as tarefas que tinha como esposa e mãe, ela ainda tinha que cuidar do seu velho pai que estava com noventa e seis anos de idade. Devido à idade avançada, ele necessitava de cuidados especiais, uma vez que era como um bebê que necessita de fraldas para as suas necessidades fisiológicas. Ele estava muito fraco e, por isso, já não podia sentar-se, levantar-se nem tampouco caminhar. Devido a todos esses problemas, aquela senhora tinha que dedicar-se ao seu pai, vinte e quatro horas por dia.
Devido à falta de sono e de descanso, ela estava á beira de um colapso físico e emocional. O que ela devia fazer ?
A Bíblia diz, “Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem... “(Dt 5:16).
Ela quis obedecer à Bíblia, dedicando o melhor de si mesma ao seu velho pai, mas todo aquele acúmulo de tarefas a estava levando a auto-destruição.
Então, eu disse: “Oremos em outras línguas, por alguns minutos, e esperemos, para ver se o Espírito Santo atende à nossa oração”. Enquanto o grupo orava, o Senhor me revelou alguma coisa (fez-me pensar os pensamentos de Deus). Senti que o Espírito me revelava o seguinte:
O Senhor tinha vindo para levar o pai daquela senhora, para o Céu. Quando ele estava morrendo, ela ajoelhou-se ao lado da cama dele e rejeitou a morte ordenando-lhe em oração, que o deixasse viver. O Senhor, então, me disse: “Por haver tomado a responsabilidade pelo próprio pai, respeitei a direção dela sobre a vida dele. Quando ela rejeitou a morte ordenando que deixasse o pai viver, Eu me retirei e deixei-o viver.
Eu fiquei surpreso com aquela revelação e tinha que compartilhá-la com a senhora, a fim de saber se tudo aquilo tinha realmente acontecido ou se aqueles pensamentos tinham vindo da minha própria mente ou se tinham vindo do Espírito. Ela confirmou, dizendo que seu pai havia estado á beira da morte por diversas vezes e que ela havia orado, exatamente como foi descrito acima.
Brandamente, a aconselhamos a ir para casa e conversar sobre o assunto, com o esposo e os filhos, a fim de decidirem se podiam deixar que o pai dela fosse ao encontro do Senhor. Dissemos a ela que ele seria muito mais feliz no Céu, livre do seu corpo já quase morto, aos noventa e seis anos.
Ela fez exatamente o que a aconselhamos a fazer. A família, então, fez esta oração:
“Senhor, se quereis levar o papai embora, nós o liberamos para os seus cuidados afetuosos. Algumas noites mais tarde, Jesus veio e levou-o para o Céu.
Eu jamais pensaria nestas coisas, nem em mil anos, mas o Espírito teve uma simples Palavra de Conhecimento e de Sabedoria para darmos àquela senhora, quando oramos em outras Línguas (no Espírito).
3) Uma empresa fracassada.
Recordo-me de um outro caso, sobre um homem que desejava que eu orasse por ele, pedindo a Deus que salvasse a sua empresa fracassada e fizesse com que ele prosperasse financeiramente. A minha resposta foi:
"Orarei no Espírito, pedindo ao Senhor que responda à minha oração, fazendo-me pensar os pensamentos d’Ele e sentir os sentimentos d’Ele.
Após orar em línguas, eu orei a interpretação: “Senhor, Tu trouxeste este problema para este irmão porque ele não Te obedeceu. Tu fizeste com que ele prosperasse e O abençoaste, mas ele não pagou dízimos nem deu dinheiro para ajudar à Tua obra, conforme Tu mandaste. Tira todo o dinheiro que ele possui e faze com que a sua empresa fracasse, até que ele se arrependa e aprenda a obedecer-Te. AMÉM !”
O homem ficou aborrecido comigo, mas Deus o Pai respondeu à oração que o Espírito Santo havia feito através dos meus lábios. O homem se arrependeu e, alguns anos mais tarde, ele veio a mim e me agradeceu pois ele estava sendo abençoado e estava prosperando, porque estava obedecendo ao Senhor.
D. Conclusão

A oração é o direito e responsabilidade de todos os cristãos batizados no Espírito Santo. E a maneira pela qual Deus faz a Sua vontade aqui na terra, assim como é feita no Céu. Oremos, portanto, em todo o tempo e de todas as formas, pelo povo de Deus em toda parte (Ef 6:18).
Oração
Pai Celestial, oro agora pelos que estão lendo esta oração. Peço-Te que derrames o Teu Espírito sobre eles, agora mesmo, para que possam começar a orar no Espírito. Dá- lhes a interpretação do que oram em outras línguas. Faz com que sejam poderosos na oração. Faz com que orem as Tuas orações, que sintam os Teus sentimentos e pensem os Teus pensamentos. Peço isto em nome de Jesus, crendo que Tu o farás. AMÉM”.




































Capítulo 4 O uso de línguas e de interpretação de línguas na oração

A. O Chamado para participar do Ministério de Intercessão de Cristo
“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7:25). Um dos principais ministérios continuado pelo ressurreto, elevado Cristo, é o de intercessão por mim e por você.

1. Demonstração de intercessão
Compreenderemos o significado de intercessão, se olharmos o seguinte acontecimento na vida de Moisés:
O Senhor estava aborrecido com os filhos de Israel e falou à Moisés: “Agora, pois, deixa-Me, que o Meu furor se acenda contra eles, e os consuma; e Eu farei de ti uma grande nação.
“Porém Moisés suplicou ao SENHOR seu DEUS, e disse: ... Torna-Te da ira do Teu furor, e arrepende-Te deste mal contra Teu povo" (Ex 32:10,11,12).
Deus atendeu a Moisés e não puniu o povo. Moisés salvou o povo, pela Intercessão com Deus (suplicando a Deus que poupasse a vida deles). Isto nos mostra duas coisas:
a. Salvos da ira. Isto é o que o ministério intercessório de Cristo faz por nós, salvando-nos da ira.
b. Poder perante Deus. Podemos ter poder perante o tribunal de justiça de Deus, quando nos associamos a Cristo no Seu ministério intercessório.

2. O Espírito Santo nos ajuda a orar
Como membros do Corpo de Cristo, é nosso privilégio e responsabilidade —nosso direito e dever — participarmos do Seu ministério de intercessão. A princípio, um chamado tão elevado assim, poderia parecer além da nossa capacidade, mas o Espírito Santo está sempre pronto a nos ajudar em nossas orações:
“Não sabemos como orar, como deveríamos. Mas, o Espírito Santo nos ajuda em nossas fraquezas. Ele faz isto, orando através de nós com sons e gemidos inexprimíveis... Uma intercessão deste tipo está sempre de acordo com a vontade de Deus” (Rm 8:26,27).
a. Orar no Espírito. O Pai, o Filho e o Espírito Santo estão envolvidos em nossas orações, quando oramos no Espírito. “... o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis “(Rm 8:26). Observe três coisas neste versículo:
1) Expressamos os gemidos de Cristo. Estamos incluídos na intercessão iniciada por Deus. As intercessões de Cristo são sentidas e expressadas “...como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis..." mas nós mesmos que temos as primícias do Espírito também gememos...” (Rm 8:26,23).
2) Os gemidos iniciados pelo Espírito Santo. O Espírito Santo é Aquele pelo qual os gemidos de Deus se iniciam o mesmo Espírito intercede por nos..
3) Deus intercede através de Nós. Deus, o Espírito, intercede através de nós, com Deus, o Pai. "... do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos" Estes conceitos são compreendidos por muito poucos cristãos. Para compreender melhor este processo, observe como o seu rádio funciona.

b. Um Rádio Transmissor. Uma estação de rádio (transmissor) emite um sinal de algum lugar distante. Seu rádio é compatível com aquele sinal. Quando você liga o seu rádio, os componentes eletrônicos dele, recebem o sinal e o convertem em som. O seu rádio funcionava apenas como receptor, o qual fornecia som e palavras ao sinal que recebia. Ele não era a fonte geradora do som.O que ele fazia era simplesmente ecoar o que recebia. Desta maneira, Jesus é como um rádio transmissor. Ele está no Céu á dextra do Pai (At 2:34; 7:55). Ele vive para interceder por nós (Hb 7:25). Quando Jesus intercede, o Espírito Santo em nós, recebe esta transmissão e a converte em orações e sentimentos, aos quais nós (assim como o rádio) fornecemos som e palavras. Portanto, estamos orando as orações de Jesus.

c. Jesus e o Espírito Santo. Na Bíblia, o Espírito Santo é identificado de uma forma muito singular com Deus, o Filho (Jesus). Observe que ela se refere ao Espírito Santo como o Espírito de Cristo. "...Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava..."‘(1 Pe 1:11). “Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele". (Rm 8:9).

1) Trabalhando juntos.
Jesus nos revelou como Ele e o Espírito Santo trabalhariam juntos, após à ida de Jesus para o Céu.
“Mas quando vier aquele Espírito de verdade...; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido (ia 16:13).
A quem o Espírito está ouvindo ? Quem está fornecendo as palavras que o Espírito deve proferir ? Creio que o Espírito Santo repete as palavras de Jesus e diz o que Ele ouve Jesus dizer. O Espírito ora o que Ele ouve Jesus orar. O Espírito nos usa como canais através dos quais as palavras e as orações de Jesus são exprimidas.
No versículo a seguir, vemos o Espírito de Jesus Cristo extraordinariamente ligado às orações dos Filipenses, quando oraram por Paulo. “Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa orações e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo”(Fp 1:19).
2) Expressar a oração e o louvor através de Nós.
Jesus (a Cabeça do Corpo) partilha as Suas orações com o Espírito Santo que, em retorno, expressa a intercessão através de nós (membros do corpo de Cristo). “Ora vós sois o corpo de Cristo, e seus membros... E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja” (l Co 12:27; Ef 1:22).
O Senhor Jesus não somente dá ao Espírito Santo as orações para orar por nós, mas deseja usar-nos como um fragmento de Sua boca para orar através de nós ! Isto é mostrado numa outra passagem das Escrituras:
cantar-Te-ei louvores no meio da congregação” (Hb 2:12). Como Jesus canta louvores ao Pai, na Igreja? Através dos nossos lábios, com as nossas vozes.
Algumas vezes, os profetas do Antigo Testamento falavam na Pessoa de Crista, como se fosse o Próprio Jesus. Davi disse: “O Espírito do Senhor falou por mim, e a Sua palavra esteve em minha boca” (2 Sm 23:2).
Assim como os profetas do Antigo Testamento falavam através do Espírito do Senhor, na Pessoa de Cristo (como se o Próprio Cristo estivesse falando), do mesmo modo, pela ação do Espírito Santo sobre nós, oramos na Pessoa de Cristo como se fosse Crista que estivesse orando.
A Pessoa de Jesus está agora à dextra do Pai. No entanto, a Presença de Jesus está conosco e em nós, através do Seu Espírito. A pequena expressão: “No meio da congregação, Eu [Jesus] cantarei louvores a Ti [o Pai]” é de grande importância. Jesus está nos dizendo que Ele ainda deseja cantar louvares ao Seu Pai em nosso meio. Como podem os Seus cânticos de louvor ao Pai serem expressos por nós, quando Ele pessoalmente está com o Pai lá no Céu ?
Isto somente pode ser feito pela Presença de Jesus através do Seu Espírito Santo, que nos fornece “cânticos do Espírito” para que cantemos.
Somos a Congregação ou a Igreja do Deus Vivo, através da qual o cântico do Senhor é cantado. Jesus canta o Seu louvor ao Pai através de nós ! A Bíblia confirma isto claramente: "Falando...
em... cânticos espirituais [“cânticos espirituais” são os louvares de Jesus ao Pai, expressados através de nós pelo Espírito de Crista em nós] cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef 5:19). “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente em... cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração “(Cl 3:16).
O desejo de Jesus é encher-nos com o Seu eterno louvor e adoração ao Pai. Quando estamos plenos do Espírito Santo e nos entregamos a Ele, Jesus canta louvares ao Pai através dos nossos lábios, com as nossas vozes, em nossos cultos de adoração. Tornamo-nos canais através dos quais os Seus cânticos de louvor são expressos ao Pai Celestial. Não é de se admirar que a Bíblia denomine esta adoração inspirada de "Cântico do Senhor” (2 Cr 29:27).
Exatamente como Jesus expressa os Seus cânticos de louvor através de nós, assim também Ele deseja expressar as Suas orações através de nós. Assim como Jesus pode louvar ao Pai através de nós, Ele também pode orar ao Pai através de nós.
3. Membros do corpo de Cristo
Jesus é a Cabeça celestial do Seu Corpo terreno. Somos os membros deste Corpo. E através dos membros do Seu Corpo que a Sua vontade pode ser feita na terra assim como é feita no Céu. O Senhor Jesus ainda quer andar, falar, pregar e orar assim como Ele fazia durante o Seu ministério terreno. “Disse-lhes pois Jesus... assim como o Meu Pai Me enviou, também eu vos envio” (Jo 20:21). Ele quer fazer isto através de você e de mim, pelo grande poder do Seu Espírito. A luz disto, ouça bem a intercessão do Apóstolo Paulo, em beneficio dos crentes de Éfeso:
"Oro para que conheçais a grandeza do poder de Deus para com os que colocam a sua confiança n ‘Ele. E o mesmo poder que ressuscitou a Crista dos mortos e O exaltou à dextra do nosso Pai Celestial... O Pai colocou todas as coisas sob os pés do Seu Filho. Ele O fez a grande Cabeça da Igreja, a qual é o Corpo de Crista. Neste Corpo encontra-se a vida plena do Senhor, o Qual enche todo o universo Consigo Mesmo “(Ef 1:16,19-23).
4. A agonia da intercessão
Se quisermos participar da vida de oração do nosso Senhor, deveríamos aprender um pouco mais, sobre a maneira pela qual Ele orava quando estava aqui na terra. “Durante os dias da Sua vida terrena, Jesus orava com grande clamor e lágrimas... “(Hb 5:7).
Este é um surpreendente quadro do nosso Senhor. Podemos vê-Lo orando, clamando e chorando numa grande agonia de alma. Sua oração era muito profunda.
"E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue que corriam até ao chão” (Lc 22:44). Você pode se imaginar orando tão intensamente, a ponto de transpirar sangue ?
O Apóstolo Paulo também orava desta maneira. Lembramo-nos que em sua carta à Igreja da Galácia, ele fala sobre a sua grande preocupação pelo bem-estar espiritual deles. Estavam em perigo de caírem da graça de Deus, caso retornassem à escravidão da lei. Estavam sendo tentados a acrescentarem obras legalísticas á sua salvação em Cristo, esperando com isto merecerem a sua salvação. Acrescentar qualquer coisa destrói tudo. Estavam a ponto de darem as costas à completa e perfeita obra da Cruz.
Este perigo leva Paulo à oração. Em seguida, ele lhes escreve as seguintes palavras:
“Meus filhinhos, como me fazeis sofrer ! Estou novamente sofrendo as dores de parto por vós, como uma mãe que dá à luz o seu filho. Anseio pelo tempo em que finalmente tereis a plenitude de Cristo”(Gl4:19).
A oração e intercessão de Paulo no Espírito Santo produziram este tempo de agonia ou de dores de parto. Ele sofreu por eles no Senhor e anelou que Crista fosse totalmente formado e gerado em suas vidas de fé.
As mães compreendem bem o que significam as dores de parto. Os homens somente podem compreender esta experiência indiretamente. Pressões e dores fazem parte da experiência de nascimento.
Paulo usa o processo do nascimento, para explicar a sua agonia em oração, em benefício da Igreja dos Gálatas. Ele havia se tomado uma extensão aqui na terra do ministério de intercessão celestial de Cristo. Jesus estava orando uma poderosa oração através de Paulo. E ele pôde sentir isto ! Como dissemos anteriormente, a oração no Espírito significa orarmos como Deus ora e sentirmo-nos como Deus Se sente. Não é de se admirar que Paulo dissesse que “o Espírito ora através de nós com sons e gemidos inexprimíveis” (Rm 8:26). Ele estava falando com base em sua experiência própria !
Sim, Cristo vive para fazer sempre intercessão por nós e através de nós, de acordo com a vontade do Pai. Que possamos sempre estar disponíveis ao Espírito Santo para sermos canais vivos para a oração e a intercessão.

a. Um Exemplo Pessoal. Há muitos anos atrás, o Senhor me conduziu ao Japão.
Durante 6 ou 7 meses, viajamos de vilarejo a vilarejo, a pé, de bicicleta, barco outrem. Durante aquele tempo, me achava profundamente comovido e agitado em minha alma. Era como se o coração de Deus estivesse partido, pelo povo japonês. Eu podia sentir a tristeza do Espírito Santo de Cristo sendo derramada através de mim, a favor deles. Eu não conseguia parar de chorar, exceto nas ocasiões em que nos encontrávamos com os professores e alunos. Era como se Deus estivesse derramando as Suas lágrimas através dos meus olhos.
Deus ama o povo japonês, mas os seus pecados de orgulho e idolatria, deixaram-no do lado de fora, quase não há lugar para Deus ou Seu Filho em suas vidas e em sua sociedade. Satanás golpeou os seus olhos com uma cegueira espiritual.
“...o deus deste mundo cegou os entendimentos dos incrédulos. Portanto, a luz do glorioso Evangelho de Cristo, o Qual é a imagem de Deus, não pode resplandecer sobre eles “(2 Co 4:4).
O campo de batalha e a sombria fortaleza de Satanás é a mente humana. Quando a luz do Evangelho resplandece sobre a alma do homem, a sua mente é urna das primeiras coisas a serem libertas.
Compreendo, agora, que o meu “grande clamor e lágrimas” eram a intercessão de Cristo pela ação do Espírito Santo sobre mim. Deus estava alcançando em amor, o povo japonês, através das minhas orações e lágrimas.
Ele também estava expressando a Sua ira contra o deus deste mundo (Satanás) e seus poderes demoníacos (veja Salmos 149:5-9). Foi um tempo de verdadeira guerra espiritual.
Desde aquela época no Japão, em 1960, descobri que outros pastores daquela área haviam tido a mesma experiência. Todos eles haviam passado uma boa parte do seu tempo, chorando em intercessão pelo povo do Japão.


B. Os Dons do Espírito na Intercessão

Várias referências foram feitas neste estudo, sobre a importância da “oração no Espírito “. Vimos como ela é fundamental para a oração intercessória. Quais os dons do Espírito, mais especificamente, que poderíamos esperar serem de utilidade em nossos ministérios de oração e intercessão ?

1. Principais maneiras para se orar no Espírito
Creio que os Dons de: a. Línguas, b. Interpretação de Línguas e c. Profecia, são as formas principais pelas quais devemos “orar no Espírito” (Ef 6:18). Gostaríamos de estudar, um tanto quanto detalhadamente, o que a Bíblia tem a dizer sobre a função e o propósito desses dons em nossa vida de oração diária. Recorreremos novamente ao Apóstolo Paulo para o nosso ensinamento sobre o uso destes dons espirituais na oração.
2. O dom de línguas
a. Falar a Deus.
Comentário em 1 Coríntios Capítulo Quatorze:
“Porque o que fala numa língua estranha [uma língua que não foi aprendida] não fala aos homens, e sim a Deus “ (1 Co 14:2).
“O que fala em língua estranha deveria orar para poder interpretar e compreender o que está dizendo. Se eu orar em língua estranha, o meu espírito [através do Espírito Santo em mim] ora bem, mas a minha mente não compreende. Que farei,pois? Orarei com o meu espírito [em línguas], mas também orarei com o entendimento [interpretação de línguas], mas também cantarei com o entendimento [interpretação de línguas]” (1 Co 14:13-15).
Paulo nos ensina as quatro maneiras em que usamos as línguas, a interpretação de línguas e a profecia, em nossas orações, cânticos, louvor e ações de graças, tanto em público como a sós.

1) orações ao Senhor
2) cânticos ao Senhor
3) louvores ao Senhor
4) dar graças ao Senhor

O falar em línguas também pode ser de igual valia se a mensagem for interpretada pará que o seu significado também seja compreendido (veja o versículo 5). O dom de línguas prepara a igreja para receber a interpretação que deve seguir o falar ou cantar em línguas. O povo é alertado e unificado no Espírito, para receber e corresponder à palavra inspirada que vem a seguir.
Tenha em mente que a principal razão do falar em línguas, é o falar a Deus. Por isso, as línguas e a interpretação de línguas se constituem de uma das quatro categorias citadas acima.
b. Oração a sós.
O que é muitas vezes negligenciado, no entanto, é o fato de que Paulo dá a mesma importância ao papel desses dons em nossa vida de oração a sós. Basicamente, o falar em línguas é dirigido a Deus, e não aos homens. É uma experiência pessoal, do homem para com Deus. O nosso estado em 1 Coríntios 14, revela quatro maneiras em que o dom de línguas pode ser expresso em nossa comunhão pessoal com Deus:

1) Orações inspiradas (versículos 14 e 15)
2) Cânticos inspirados (versículo 15)
3) Louvor e bênçãos inspirados (versículo 16)
4) Ações de graças inspiradas (versículos 16 e 17).

O Espírito Santo é o incessante Espírito de oração, cântico, louvor e ação de graças. Creio que todas estas quatro expressões do dom de línguas são o privilégio de todos os crentes batizados no Espírito.
c. Dons vocais a serem exercitados por Todos. Era desejo de Paulo que todos pudéssemos exercitar os dons vocais de:

1) Línguas. “E eu quero que todos vós faleis línguas (versículo 5).

2) Interpretação de línguas. “Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar” (versículo 13).

3) Profecia.
“Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam, e todos sejam consolados “(versículo 31).
Paulo nos ensina isso claramente. Ele queria que todo crente falasse em línguas e ordenava aqueles que o faziam, a orar para obter a interpretação. Paulo conclui, nos dizendo que todos podem profetizar.
Quando as pessoas são ensinadas corretamente, elas liberam a fé que existe nelas, para receber estes dons. " ...a fé vem pelo ouvir a mensagem... “(Rm 10:17).
Ao nos submeter com humildade e respondermos com fé, podemos esperar que o Espírito Santo Se manifeste através de nós por meio de Seus dons.
3. O dom de interpretação em nossa oração a sós
Isto nos traz a alguns novos e emocionantes princípios sobre a oração que podem transformar a nossa vida cristã.
Gostaria de mostrar a vocês como o dom de interpretação de línguas se aplica à nossa língua de oração espiritual em nossas devoções diárias. Refiro-me à oração em línguas com a sua interpretação em nossas horas de devoção a sós com Deus.
Paulo nos diz que ele orava em línguas mais do que qualquer outra pessoa a quem estava escrevendo. Contudo, ele diz que preferiria falar cinco palavras que fossem compreendidas (profecia) do que dez mil palavras em línguas, no culto público de adoração (1 Co 14:18,19). É óbvio que as suas dez mil palavras em línguas, eram expressas em seus tempos de oração a sós. (Talvez fosse por isto que as suas cinco palavras de profecia, eram tão poderosas).
a. Precisamos compreender a vontade de Deus.
Quando usamos o dom de línguas em nossas orações, estamos falando a Deus numa língua que desconhecemos. Deus compreende, porque a oração é o resultado da ação do Espírito Santo sobre nós. Tais orações estão sempre em concordância com a vontade de Deus e Ele deseja que a compreendamos. A Bíblia dá grande importância sobre o nosso conhecimento e compreensão da vontade de Deus.
“Não sejais como o cavalo nem como a mula, que não têm entendimento...” (Sl 32:9).
Devo confessar que durante muitos anos fui como o cavalo e a mula. Eu orei, cantei, louvei e agradeci a Deus em outras línguas mas, jamais, recebi a interpretação na minhas orações. Acho que foi porque eu não havia obedecido 1 Coríntios 14:13:
“Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar”.
Muito embora eu tenha lido esse versículo inúmeras vezes, por alguma razão ele não produziu efeito suficiente em minha mente para que me motivasse a obedecer à palavra de ensinamento.
"...não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual” (Cl 1:9).
O Senhor quer que conheçamos a Sua vontade. “Mas o servo que não soube a vontade do seu senhor... será castigado...” (Lc 12:48).
Se não conhecermos a vontade de Deus, ficaremos indecisos, vagueando para lá e para cá, sem nenhum objetivo ou propósito espiritual e faremos muito pouco pelo Senhor.
Deus quer que conheçamos e compreendamos a Sua vontade para que possamos obedecê-Lo. Aí, então, iremos onde Ele quer que vamos, faremos o que Ele quer que façamos e diremos o que Ele quer que digamos.
Esta é a razão pela qual creio que Paulo deu uma grande importância ao dom de interpretação de línguas. “O que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar” (1 Co 14:13). Sem a interpretação, as nossas mentes não conseguem compreender o que o Espírito está orando através de nós. As vezes, não é necessário. Basta sabermos que estamos louvando e adorando a Deus, além dos limites da nossa língua que compreendemos.
É um consolo sabermos que o Espírito Santo pode interceder através de nós com poder e sabedoria quando não sabemos como, nem pelo que orarmos, como deveríamos. Muitas vezes, os que recebem de Deus um fardo para orar por alguma outra pessoa, não sabem pelo que estão orando na ocasião. Muitos, sentem este fardo de oração pelos outros, mas não sabendo pelo que orarem, simplesmente oram em outras línguas pelo Espírito Santo. Mais tarde, ao perguntarem aos outros por quem oraram, se estavam em perigo ou dificuldades, eles respondem: “Sim !” O Espírito Santo conhece as dificuldades das pessoas e inspira outros cristãos a orarem pelas pessoas que estão em necessidade.
Há outras ocasiões, no entanto, em que Deus quer que conheçamos a intenção do Seu Espírito. Precisamos conhecer a Sua vontade e ter a Sua sabedoria em situações específicas. Precisamos compreender as motivações que estão por detrás de nossas atitudes e ações. Nestas ocasiões, podemos pedir a Deus que nos dê a interpretação da nossa língua de oração, desconhecida. Lembremo-nos novamente que, quando o Espírito Santo faz intercessão por nós e através de nós, é de acordo com a vontade de Deus (Rm 8:27). Portanto, podemos confiar que o Espírito Santo inspirará a nossa “oração como entendimento” depois que passarmos algum tempo “orando com o espírito”.
b. Ouvindo as nossas próprias orações.
Geralmente, passo a compreender a vontade de Deus, ouvindo as orações que saem de meus lábios, após “orar no Espírito “por algum tempo. A oração em línguas, deveria ser uma expressão de fé humildade, submissão e obediência diante de Deus e do Seu Espírito Santo. Isto nos ajuda a colocarmos os nossos corações e mentes em harmonia com o coração e a mente de Deus. Desta forma, começamos a pensar e a sentir como Deus pensa e sente. Aí, então, podemos orar com entendimento a interpretação das nossas orações.
O mesmo principio se aplica aos cânticos, louvores e ações de graças com o espírito. Muitos de nós já experimentamos ocasiões de louvarmos a Deus, tanto em línguas como em nossa língua materna, passando repetidamente de uma forma de adoração para a outra.
Durante muitos anos, não compreendi que o meu louvor, na minha língua nativa, era uma resposta ao meu louvor em línguas.
Neste sentido, era uma forma de interpretação.
c. Ouvindo os seus próprios cânticos.
Durante muitos anos, eu acordava de manhã e começava o dia adorando no Espírito. Geralmente, havia um pequeno cântico ressoando em minha cabeça. Contudo, dei muito pouca atenção a isto. Certo dia, o meu pastor me exortou a levar mais a sério aquelas fracas impressões e sugestões em meu coração e mente. Muitas vezes, os suaves impulsos e pressões do Espírito podem passar despercebidos. Ele tem de fato, a natureza da pomba e não força o Seu ministério sobre as nossas vidas. Ele quer que sejamos sensíveis ao Seu mais delicado toque. A Sua voz “mansa e suave vem, muitas vezes, na forma de pensamentos tranquilos ou através de uma melodia ou cântico expressivo.
Decidi, então, seguir o conselho do meu pastor. Na manhã seguinte, enquanto estava adorando ao Senhor, surgiu um outro pequeno cântico na minha cabeça. A letra do cântico era na minha própria língua e prestei uma atenção especial a ela. Descobri, mais tarde, que a letra daquele corinho estava me preparando para alguns acontecimentos durante aquele dia que eu não poderia ter previsto.
Durante 30 anos, eu havia ignorado este suave, porém importante ministério do Espírito Santo de Deus. Eu deveria ter sabido disto, pois gosto muito de cantar e adorar ao Senhor, debaixo do chuveiro pela manhã. Eu cantava e adorava ao Senhor tanto em línguas como no meu próprio idioma. Compreendo, agora, que eu estava misturando o meu louvor no Espírito, com a minha oração com o entendimento. Louvor e profecias haviam jorrado sem que ao menos eu percebesse o que Deus estava oferecendo fazer através do Seu Espírito — edificando-me para enfrentar os problemas do dia que estava à minha frente. Nem é preciso dizer que este precioso ministério do Espírito Santo tornou-se uma grande bênção para mim, pessoalmente, através dos anos. Espero que a mesma coisa aconteça na sua vida também.
4. Uma palavra de encorajamento
A chave para a vida plena no Espírito é a simplicidade e a fé como de uma criança. Será que podemos ser simples o suficiente para crermos que há ocasiões - talvez mais frequentemente do que imaginamos - em que Deus quer nos ajudar através dos Seus dons de amor, expressos como dons de línguas, de interpretação de línguas e de Profecia ? Será que podemos confiar que Ele ministrará ás nossas necessidades e desejos, de uma forma pessoal, através da nossa vida de oração ? Ele nos conhece melhor do que nós mesmos nos conhecemos e está sempre pronto para suprir a direção, correção e proteção espiritual de que necessitamos.
Será que eu poderia encorajá-lo com as palavras do meu antigo pastor, ou seja, que você prestasse muita atenção aos seus pensamentos, orações e cânticos que vêm logo após um tempo de oração ou cântico no Espírito ? O fluir do Espírito de Deus traz muitas vezes, palavras de interpretação para a sua edificação. Não estou sugerindo que estes princípios devam tornar-se um método mecânico de recebermos direções de Deus. As pessoas cometem erros graves ao tentarem “usar" os dons de Deus de formas tolas. Todas as direções verdadeiras estão em harmonia com a Palavra de Deus e recebem a aprovação ou confirmação de conselheiros do Corpo de Cristo, que sejam sábios e consagrados a Deus.
A maioria de nós, no entanto, tem provavelmente tomado a posição extremista de não ter a expectativa de que o Espírito Santo se mova pessoalmente em nós e através de nós por meio dos Seus dons. É a você que estas minhas palavras de encorajamento se dirigem.
Se o seu coração foi tocado por esta mensagem, será que eu poderia sugerir, agora, que você colocasse os seus desejos diante do Senhor ? Peça-Lhe que Ele o encha de novo com o Seu Espírito Santo. Ele vê a sua voz numa língua de louvor, à medida em que Ele dirigir a sua adoração. Todo som que emitirmos com fé, amor e obediência já terá sido inspirado pelo Espírito Santo de Deus.
A nossa língua de oração espiritual (o falar em línguas) compõe-se de sons e sílabas que não compreendemos com as nossas mentes. São inspirados pelo Espírito de Deus. Sabemos, porém, com certeza, que são uma expressão de louvor, oração e intercessão. Pela fé levantamos as nossas vozes e nos expressamos, sabendo que todos os sons que formamos com os nossos lábios e línguas, foram inspirados pelo Espírito Santo. As vezes, o nosso louvor é sustentado por um cântico ou melodia que flui dos nossos corações, para o coração de Deus. Como são maravilhosos os dons que Deus nos deu !
De uma maneira semelhante, após um tempo de oração e adoração ao Senhor, em outras línguas, podemos orar e cantar a interpretação em voz alta. Simplesmente confiamos que o Espírito Santo nos capacite a expressarmos o coração e a mente de Deus. Aí, então, falamos e cantamos em voz alta a interpretação de línguas,, em palavras que compreendemos. As vezes, a interpretação de línguas é adoração. Em outras ocasiões talvez seja uma oração através da qual o Senhor deseja revelar-nos algo que estará de acordo com o Seu propósito para as nossas vidas.
Desta forma, o dom de interpretação de línguas pode trazer um poder e propósito extras às nossas orações. As vezes, a interpretação vem com revelações proféticas (uma palavra de conhecimento) que podem nos ajudar a intercedermos mais especificamente por nossas famílias, igrejas, missionários e, até mesmo, por questões de âmbito nacional e mundial. O povo de Deus, tendo recebido o poder do Espírito Santo para orar, pode realmente transformar este mundo !
Podemos, agora, compreender melhor o ensinamento de Paulo sobre a oração, o qual surgiu da sua própria experiência como um intercessor com Cristo. Que as suas palavras se tomem um lema para as nossas vidas cotidianas: “Orando sempre... no Espírito.., pelo povo de Deus em toda parte!” (Ef 6:18).

C. A Oração quebra os Poderes das Trevas
É importante para nós, sabermos que as nossas orações são usadas por Deus, de uma maneira bem especial, para quebrar os poderes das trevas. Consideremos, agora, esta verdade com relação à guerra espiritual, lendo as palavras do Apóstolo João, registradas em Apocalipse 8:3-5:
“E veio outro anjo, e pôs-se junto do altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para misturá-lo com as orações de todo o povo de Deus, e para ser oferecido sobre o altar de ouro, que está diante do Trono. E o doce fumo do incenso que estava misturado com as orações dos santos subiu da mão do anjo até diante de Deus. E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes e trovões, e relâmpagos e terríveis terremotos.

1. Os padrões do antigo testamento e as realidades Celestiais
Isto é um quadro profético de como as nossas orações são usadas por Deus para influenciarem os acontecimentos da terra. Este cenário celestial descrito acima, é compreendido ao examinarmos a planta do Tabernáculo de Moisés e do templo de Salomão.
a. A arca da aliança.
Talvez você se lembre que o Santo dos Santos era o lugar onde ficava a Arca da Aliança.
1) Baú Revestido De Ouro. A Arca era uma caixa ou baú revestido de ouro medindo cerca de 60 x 60 x 120cm. 2) Dois Querubins De Ouro. Dois querubins de ouro maciço foram colocados em cada uma das extremidades da tampa que cobria a caixa de ouro, como se estivessem se curvando um diante do outro. 3) O Trono da Misericórdia. O lugar entre os querubins era chamado de Propiciatório (Trono da Misericórdia), e era o lugar da santa presença de Deus.

4) O sangue espargido. Era ali no Trono da Misericórdia que o sumo sacerdote espargia o sangue, uma vez por ano, para a purificação e expiação dos pecados do povo.
b. O altar do incenso.
O Altar do Incenso ficava bem perto, porém fora do Santo dos Santos, na sala do meio ou Lugar Santo. Era separado do lugar da santa presença de Deus, pelo véu interno.
O Altar do Incenso e os elementos oferecidos a Deus sobre ele formam um quadro especial ou um tipo do ministério de louvor e oração no Espírito Santo.
O incenso é uma mistura especial de pós perfumados que ao serem queimados liberam uma fragrância suave. Era feito de 4 substâncias obtidas de plantas moídas. O olíbano (espécie de incenso puro), uma destas 4 substâncias, é um pó branco quando refinado. Alguns acham que este pó branco representa a retidão de Deus, que é a Sua parte do incenso. Ao ser misturado com as outras 3 partes, as quais representam a parte do homem, o incenso toma-se uma oferta agradável a Deus (Êx 30:34).
Na passagem bíblica que lemos anteriormente (Ap 8:3-5), o incenso relaciona-se às orações e ao louvor dos santos. Quando as nossas orações são misturadas com a pureza e a retidão do Espírito de Deus, tudo isto chega diante d’Ele como uma suave fragrância.
c. Um templo no céu.
O escritor de Hebreus nos diz no Capítulo 9 que o Tabernáculo de Moisés era um modelo (uma planta arquitetônica) ou padrão das coisas como realmente são no Céu. Em outras palavras, há um verdadeiro Templo no Céu. Nele, há uma Arca Celestial e um Propiciatório (ou Trono de Misericórdia). Foi para este lugar que Jesus levou o Seu próprio sangue após a Sua morte e o espargiu no Trono de Misericórdia celestial, para que os nossos pecados pudessem ser redimidos e perdoados (leia Hebreus 9:19-24).
Há, também, um Altar de Incenso celestial, onde um anjo verdadeiro toma as nossas orações e as oferece com o olíbano (incenso) celestial diante do Trono de Deus.
1) O poder de Deus liberado.
Qual é o resultado, na terra, de toda esta atividade no Céu ? Apocalipse 8:3-5 descreve uma poderosa demonstração de raios, trovões e terremotos.
Vemos isto acontecer, no Livro de Atos. ‘E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4:31).
Quando enviamos as nossas orações ao Trono de Deus através do Seu Espírito, Ele as envia de volta de uma maneira que pode ser vista, ouvida e sentida aqui na terra !
Liberamos o poder de Deus aqui na terra, quando Lhe damos alguma matéria-prima no Céu. Esta é uma das razões pelas quais oramos.
2. O ciclo divino de oração
Esta mesma idéia de que o louvor e as orações enviadas para o Céu produzem resultados na terra, encontra-se em Jó 36:27,28: “Ele reúne os vapores de água que se destilam das nuvens em forma de chuva. As nuvens do céu gotejam abundantemente sobre o homem, da umidade recebida da terra”. Este versículo é uma descrição do ciclo de chuvas. O vapor d’água da terra, dos oceanos e dos lagos, sobe aos céus para formar as nuvens. Ai, então, as nuvens liberam a sua umidade em forma de chuva, de acordo com o seu volume de vapor. Quanto mais umidade houver na nuvem, tanto maior será a chuva de bênçãos que cai de volta sobre a terra.
A mesma coisa acontece com o louvor e a oração. Sobem ao Trono de Deus e misturam-se com o puro olíbano (incenso) celestial. Em seguida, voltam á terra em forma de grandes manifestações de poder espiritual em nossos lares, igrejas, cidades e nações.
a. “Bombas” espirituais.
Quanto mais orarmos, mais matéria-prima daremos ao anjo no Altar de ouro. Esse anjo faz “bombas espirituais” e as atira de volta na terra. Estas “bombas” varrem os poderes das trevas e liberta os prisioneiros da escravidão do pecado e da enfermidade. Quanto mais oramos maior é o derramamento do seu poder espiritual sobre nós e sobre as nossas igrejas.
Isto foi o que aconteceu quando Paulo estava na prisão. Ele enviou louvores e orações aos céus. O anjo no altar enviou “bombas espirituais” que sacudiram a terra e libertaram os prisioneiros.
“E, perto da meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam. E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas e foram soltas as prisões de todos ‘(At 16:25,26).
b. Sem adoração não haverá chuva !
Esta mesma verdade encontra-se novamente em Zacarias 14:17: “E acontecerá que se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva’ O que o profeta está dizendo ? Está dizendo que “se não houver nenhuma adoração, não haverá nenhuma chuva!”
O profeta Joel disse: “...derramarei o meu Espírito sobre toda a carne” (Jl 2:28).
A quantidade de adoração e orações que enviamos ao Céu, determina a quantidade de chuva que podemos esperar no derramamento do Espírito de Deus. Se você quiser chuvas de bênçãos sobre a sua igreja, você tem que adorar a Deus em Espírito e em verdade.
O volume de chuva que desfrutaremos será proporcional ao louvor e às orações que enviarmos ao Céu para serem destilados e enviados de volta sobre nós, como chuvas de bênçãos.

D. Conclusão
O Espírito Santo inspira adoração e orações continuas. A oração no Espírito nos capacita a completar o ciclo da intercessão de Cristo em nosso favor. O Seu Espírito sempre nos dirige a orarmos de acordo com a vontade de Deus. E somente através das orações do povo de Deus que a perfeita vontade d’Ele pode ser feita na terra assim como o é no Céu. Temos, de fato, um papel importante no ciclo divino de oração. Ele começa no Céu, porém é cumprido na terra. Você será como o discípulo de Jesus ? "...lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar... “(Lc 11:1).

Capítulo 5 Oração através da profecia
Introdução
O objetivo do nosso estudo neste capitulo é “orar orações proféticas”. A história, a seguir, nos ajudará a compreender o significado de “oração profética”.
Em 1968, tivemos uma de nossas conferências, da qual participavam cerca de 1800 pessoas. Havíamos dedicado a sexta-feira para um dia especial de oração e jejum. Naquela ocasião estávamos ministrando às necessidades pessoais dos participantes da conferência. Formamos grupos de oração, tendo cada grupo cerca de cinco ou seis líderes espirituais.
De um dos grupos de oração, faziam parte eu, a minha esposa, um veterano missionário na África, bem como Ruth e Allen Banks, que eram pastores idosos.
Fiquei realmente impressionado com o plácido, porém poderoso, ministério de Ruth Banks. Ela era uma linda irmã de vastos cabelos brancos e que havia caminhado com Deus, a maior parte de sua vida.
Ela colocava suas mãos suavemente sobre a cabeça de cada pessoa e começava a orar. Era uma oração puramente profética.
Muito embora a maioria das pessoas pelas quais orávamos, fossem totalmente estranhas, as orações de Ruth eram dirigidas especificamente às necessidades secretas de cada indivíduo. Em suas orações, ela mencionava segredos pessoais dolorosos que faziam com que as pessoas irrompessem em pranto soluçante.
As pessoas se conscientizavam, então, de que Deus conhecia os mínimos detalhes de sua lutas, tristezas e dores. Este ministério de amor e da graça de Deus, preparou seus corações e, assim, o grupo de oração podia fornecer algum conselho ou direção que estivesse sendo necessitado.
Eu ouvia e observava tudo, cuidadosamente. Em momento algum, Ruth falhou ao ministrar diretamente às necessidades específicas daqueles por quem ela orava. A sua oração profética era -sempre correta, mesmo quando mencionava detalhes escondidos, sobre a vida da pessoa. Jamais havia visto, em toda a minha vida, alguém orar daquela forma.
Eu disse ao Senhor que eu não havia compreendido tudo o que eu havia visto e ouvido mas pedi a Ele que me concedesse a habilidade e a graça para orar como aquela pequenina serva do Senhor havia orado.
Eu queria que o Espírito Santo me libertasse das limitações naturais da minha mente e do meu entendimento. Supliquei-Lhe por Sua sabedoria e conhecimento divinos para atender às mais profundas necessidades das pessoas sofridas e sozinhas, no mundo inteiro. Agora eu sei que eu estava somente começando a ver a importância do papel da profecia e da oração.
Não posso dizer que, hoje, tenho um ministério exatamente como o da Irmã Ruth mas descobri que quando me entrego à ação do Espírito Santo na oração, Ele me capacita a orar as orações de Deus, a sentir os sentimentos d’Ele e a pensar os Seus pensamentos.
A oração profética, então, se torna muito mais pessoal e precisa e é muito mais eficaz nas vidas daqueles por quem oramos. Isto, porém, não significa que sejamos infalíveis em nosso ministério e que nunca estejamos sujeitos a erros ou equívocos.
Nenhum de nós é tão perfeito que não necessite da aprovação, do testemunho ou da opinião dos irmãos em Cristo, mais experientes. Significa, portanto, que a oração unida com os Dons de Línguas, a Interpretação de Línguas e a Profecia, podem trazer a intervenção de Deus para as nossas vidas pessoais e para as vidas de outros.
1 Coríntios 14:24,25 nos diz que o ministério profético revelará os segredos interiores do coração do infiel. Ele será condenado pelos seus pecados. cairá em adoração e confessará que, de fato, Deus está em nosso meio. Tomara que sim !

A. O que é Oração Profética ?
Profecia é o falar espontâneo de palavras dadas pelo Espírito, em linguagem que conhecemos. São palavras que pronunciamos sem pensar antecipadamente nelas. São palavras e pensamentos a nós fornecidos pelo Espírito Santo, por quem falamos para beneficiar a alguém.
Temos um exemplo claro de como a profecia é dada, examinando um acontecimento na vida de Moisés.
“Então disse o SENHOR a Moisés...
Aarão, teu irmão, será o teu profeta, tu falarás tudo o que Eu te mandar; e Aarão teu irmão falará a Faraó... “(Ex 7:1,2).
As palavras proferidas por Aarão, como profeta de Moisés, foram dadas a ele por Moisés. Aarão não proferiu suas próprias palavras.
Esta é a maneira como o dom de Profecia funciona: O Espírito Santo nos concede as palavras e nós as proferimos para os outros, em oração.
A profecia também pode ser usada para edificar, consolar e encorajar a outrem (1 Co 14:3).
A oração profética é a chave que abre, para o povo de Deus, as portas para o poder e propósito do Reino.

1. Oração é o homem falando a Deus.
2. Profecia é, geralmente, Deus falando ao homem através do homem.
3. Oração profética é o Espírito Santo falando através de nós em oração, a Deus o Pai.

As três são necessárias para que a vontade de Deus possa ser feita na terra, assim como é executada no Céu.
Tão básico e importante quanto o nosso objetivo é, há um pequeno ensinamento a ser encontrado na oração profética. Na realidade, nunca ouvi, em toda a minha vida, uma mensagem sobre este tópico específico.

a. Pensando os pensamentos de Deus. Nos capítulos anteriores desta série, a prendemos que três coisas acontecem quando nos entregamos em oração, à ação do Espírito Santo (Rm 8:26,27).
1) Começamos a orar as orações de Deus. 2) Começamos a sentir os sentimentos de Deus. 3) Começamos a pensar os pensamentos de Deus.
Já cobrimos os dois primeiros tópicos em capítulos anteriores. “Pensando os Pensamentos de Deus” em oração, será o tema central deste capítulo. Descobriremos que uma revelação ou compreensão profética é gerada e expressa através da oração. A oração e a profecia estão interligadas nas vidas de todos os profetas, tanto no Antigo como no Novo Testamento.

B. Profetas que Oravam

1. Simeão e Ana
Simeão e Ana eram dois profetas idosos, do Templo de Jerusalém. Foram usados por Deus para ministrarem a Maria e a José quando trouxeram o bebê Jesus ao Templo, para ser consagrado ao Senhor. Deus usou Simeão e Ana para trazerem uma palavra profética com relação ao filho recém-nascido de Maria e José. Foi também uma palavra de bênção, estímulo e de propósito divino num ponto importante de suas vidas.
As Escrituras pintam um interessante quadro sobre a idosa profetisa Ana. Ela era uma mulher com uma vida de oração incomum. Veja bem o registro das Escrituras:
“Ana, a profetisa, também estava lá no Templo naquele dia.. Ela era muito idosa, pois já era viúva há oitenta e quatro anos..
Ela não se afastava do Templo, porém ficava lá noite e dia adorando a Deus com jejuns e orações. E entrando naquela mesma hora, ela dava graças a Deus. Em seguida ela contou a todos em Jerusalém que esperavam pelo Messias que o Salvador havia chegado” (Lc 2:36-3 8).
a. Uma Comunhão íntima de Oração e Profecia.
Notei algo bem interessante enquanto estudava as vidas dos profetas. Tanto quanto se fala sobre suas palavras de profecias, também se diz sobre suas vidas de oração. No caso de Ana, a profetisa, o principal testemunho das Escrituras refere-se á sua vida de oração, ao invés do seu ministério profético. Ela era uma profetisa “ungida” (com o chamado de Deus). Contudo, a direção e expressão básicas da sua “unção” estavam na oração. Então, ela falava e proclamava a palavra profética em Jerusalém! Esta comunhão intima de oração e profecia, também pode ser vista na Igreja de Antióquia.
2. Os Profetas de Antióquia
“E na igreja que estava em Antióquia havia profetas e mestres... enquanto adoravam ao Senhor e jejuavam, o Espírito Santo disse: Apartai-Me a Barnabé e a Saulo para a obra que os tenho chamado. Então, depois que jejuaram e oraram, impuseram as suas mãos sobre eles e os enviaram” (At 13:1-3). Esta passagem de Atos me levaria a crer que os profetas e mestres de Antióquia passavam muito tempo no ministério da adoração, louvor e jejum. Parece que isto era um costume ou função comum na vida daquela igreja. Por muitos anos, achei que a função e o dever básicos do profeta era proclamar ou falar a palavra do Senhor. Nas Escrituras, no entanto, vemos que eles passavam muito mais tempo orando do que profetizando.

3. Jeremias
Ao estudarmos a vida do profeta Jeremias, do Antigo Testamento, vemos, por exemplo, que a sua função principal era orar e não, falar. Em outras palavras, ele passava mais tempo falando com Deus do que falando com os homens ! “Oxalá a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos em uma fonte de lágrimas! Então choraria de dia e de noite os mortos da filha do meu povo”(Jr 9:1). Creio que há uma verdade aqui, que não havíamos percebido ainda. Há uma dimensão profética na oração, que não temos conseguido compreender. Contudo sem ela, o pleno poder e o propósito da unção ou chamado profético não podem ser expressos.
a. A Oração e a profecia devem caminhar juntas. Infelizmente, tem havido uma separação desta dupla verdade nos dias de hoje. Há muitos anos que se levantam e falam: “Sim, sim, assim diz o Senhor !” Suas palavras, no entanto, são em geral vazias, sem aquela marca verdadeira de um profeta ungido. Por que ? Os seus ministérios não são capacitados pela oração. Muitas vezes, suas vidas estão repletas de atividades não-espirituais e, até mesmo, carnais. Não podemos nos apressar e entrar num ministério sem a devida preparação em oração. Sem ela, as palavras das assim chamadas “profecias” são superficiais passíveis de muitos erros e, até mesmo, de espíritos de engano. Permitam-me sugerir que para cada minuto de profecia deveria haver muitas horas de oração. E somente de entranhas de oração que uma verdadeira palavra de Deus é gerada.

4. Elias: um modelo
Olhemos agora para Elias, como um dos modelos de Deus, de homens de profecia e oração. Há muito que podemos aprender com alguém que era “sujeito às mesmas paixões que nós, “mas que, no entanto, orava fervorosamente, orações muito eficazes (Tg 5:16-18).
a. Orações poderosas. Ele tinha os mesmos problemas e fraquezas humanas, contra os quais nos debatemos mas, ainda assim, as suas orações produziam resultados maravilhosos ! Esta passagem de Tiago descreve a sua vida de oração: “Elias orou fervorosamente, pedindo que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto”(Tg 5:17,18). Estas são duas orações um tanto ou quanto poderosas. Seria interessante estudarmos a narrativa do Antigo Testamento em que se encontram estas orações. Orações poderosas deveriam produzir palavras poderosas e obras poderosas ! A narrativa é dramática. O nosso profeta está proclamando a palavra do Senhor a Acabe, o rei mais iníquo que Israel já teve. Ouçam o que ele diz: “Vive o Senhor, o Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá senão segundo a minha palavra” (1 Rs 17:1).
b. Profecia poderosa. Esta foi uma palavra bem forte, para um rei muito iníquo. Porém, foi a palavra profética do Senhor através de um reto homem de oração. Esta é a razão pela qual Tiago pôde registrar mais tarde: “Elias orou fervorosamente, pedindo que não chovesse.., e não choveu.” Foi a oração de Elias que gerou esta poderosa profecia !
c. Um tempo certo para falar. Há um tempo, tanto para o silêncio quanto para falarmos. O escritor de Eclesiastes nos diz o seguinte: “Há um tempo para tudo, e um tempo para todo o propósito debaixo de céu...Há um tempo para estarmos em silêncio e um tempo para falarmos” (Ec 3:1,7). A nossa história sobre Elias toma, agora, uma direção muito interessante. Depois que ele fielmente falou a Palavra do Senhor ao rei Acabe, sobre a ausência de chuva, aterra de Israel logo se tomou de fato bem árida. Tudo correu bem com Elias, por algum tempo. Deus o havia dirigido a um riacho, de onde ele podia beber. Deus também enviou corvos para fielmente suprirem pão e carne a Elias, todas as manhãs e noites. Era um quadro razoavelmente pacífico, em vista dos problemas que outros estavam enfrentando, durante o tempo de seca e fome. Entretanto, com o passar do tempo, o próprio riacho finalmente secou e Elias tornou-se uma vítima de sua própria profecia ! Pão seco, sem água, não é um pic-nic muito agradável e ele bem poderia ter sido tentado a reabrir os céus. Se ele tivesse agido com base neste desejo, ele certamente teria estado fora da vontade de Deus. A palavra de Deus, com relação à chuva, ainda não havia sido dada. Se Elias tivesse falado, quando ele deveria te estado em silêncio, uma dentre duas coisas poderia ter acontecido:
1) Pedir “mal”. Deus não teria honrado sua palavra, pois ele teria “pedido mal”, ou seja, fora da vontade divina (Tg 4:3). Elias teria se tomado um profeta sem nenhum poder em palavras ou ações.
2) Pedir muito cedo. Deus tinha honrado sua palavra mas teria posto um fim em toda a história. Ele teria perdido o “milagre do fogo dos céus” e teria encontrado a sua alma “definhando” (1 Rs 18:30-39; Sl.106:13-15). Assim como o Senhor Jesus, durante uma tentação semelhante no deserto (Mt 4:14), Elias também esperou até que a palavra de Deus viesse. Deus é fiel. O registro bíblico simplesmente diz: “Então a palavra do Senhor veio a Elias: Levanta-te e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habite ali. Eis que Eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente” (1 Rs 17:7-9). Devido ao fato de que tanto Elias como a viúva obedeceram a palavra do Senhor, ambos foram recompensados pelas bênçãos e pela provisão de um Deus sábio e amoroso. Suas necessidades tornaram-se a oportunidade para que o Senhor executasse o milagre “do azeite e da farinha”, que salvou as suas vidas. Elias poderia ter perdido este milagre, falando quando deveria estar em silêncio, ou estando em silêncio quando deveria ter falado. Realmente, vale a pena esperar em oração, pela palavra de Deus e, aí então, obedecê-la !
d. Espere pela Palavra de Deus. “E sucedeu que, depois de muitos dias a palavra do Senhor veio a Elias no terceiro ano, dizendo: Vai, mostra-te a Acabe; porque darei chuva sobre a terra. E foi Elias mostrar-se a Acabe... (1 Rs 18:1,2). Elias foi, para destruir o império do mal, do rei Acabe e de sua esposa Jezebel. O reino deles era sustentado pelos adoradores e profetas de Baal. Devido à idolatria, ao sacrifício de crianças e à imoralidade que faziam parte da adoração de Baal, Deus enviou sobre eles, como castigo, a fome. A época da destruição havia chegado. Deus instruiu o Seu povo muito claramente, “Não te inclinarás diante dos seus deuses, nem os servirás, nem farás conforme às suas obras: antes os destruirás totalmente, e quebrarás de todo as suas estátuas” (Ex 24:23). “E derribareis os seus altares, e quebrareis as suas estátuas, e os seus bosques queimareis afogo, e abatereis as imagens esculpidas dos seus deuses, e apagareis o seu nome daquele lugar” (Dt 12:3). Portanto, o dia do confronto foi preparado. Podemos ler toda a história em 1 Reis 18. Elias proferiu o desafio. "..Até quando coxeareis entre dois pensamentos?” Se o SENHOR é Deus, segui-O; e se Baal, segui-o. Porém o povo não lhe respondeu nada”(l Rs 18:21). E seguiu-se, então, o segundo desafio. "...o deus que responder por fogo, esse será Deus. E todo o povo respondeu: É boa esta palavra”(l Rs 18:24). Os profetas de Baal chamaram pelo seu deus. “E eles clamavam a grandes vozes, e se retalhavam com facas e com lancetas... até derramarem sangue sobre si’ (1 Rs 18:28). Na hora do sacrifício noturno, eis o que aconteceu: "E sucedeu pois que, oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: O SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque que e de Israel, manifeste-se hoje que Tu és Deus em Israel, e que eu sou Teu servo, e que conforme a Tua palavra fiz todas estas coisas. "Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que Tu, SENHOR, és Deus, e que Tu fizeste tornar o seu coração para trás. Então caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego. “O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos e disseram: Só o SENHOR é Deus ! Só o SENHOR é Deus ! “E Elias lhes disse: Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles: e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom, e ali os matou”(l Rs 18:36-40). Elias matou todos os 450 falsos profetas de Baal no mesmo dia. Preste atenção, contudo, à oração que apoiou esta grande manifestação do poder de Deus: O Senhor, Deus de Abraão, de Isaque, e de Israel, manifeste-se hoje que Tu és Deus em Israel, e que eu sou Teu servo, e que conforme a Tua palavra fiz todas estas coisas (1 Rs 18:36).
1) Faça o que Deus diz. A chave para a grande vitória de Elias encontra-se na pequena expressão “conforme a Tua palavra". O que um servo faz ? Ele faz, somente, o que o seu mestre lhe diz para fazer nada mais, nada menos ! Ele não segue a sua própria vontade, de maneira egoística. Ele não distribui as suas profecias por um preço (como Balaão o fez em detrimento de todos os envolvidos). Ele simplesmente fez o que Deus havia dito, e isto foi tudo. E, devido ao fato de que era a vontade e a palavra de Deus, funcionou ! E com que grande poder, funcionou ! Como Elias, devemos somente falar e nos mover com fé “de acordo com a palavra de Deus !” Algumas pessoas não agem quando Deus fala. Isto é incredulidade. Outras, agem quando Deus não falou. Isto é presunção (ir além da vontade de Deus). O guerreiro de oração tenta ouvir a palavra de Deus e, ai então, fala e age com fé e obediência simples. O profeta Elias somente falava e agia segundo a palavra do Senhor.
e. Como nasce a palavra profética. Após a grande vitória sobre Baal, Elias disse ao rei Acabe, "...sobe, come e bebe porque há ruído duma chuva abundante” (lRs 18:41). Deus havia dito que Ele enviaria chuva sobre a terra. Elias, portanto, profetizou ao rei Acabe que haveria uma chuva torrencial (1 Rs 18:41). Observe, agora, o que Elias fez depois de haver profetizado: “Elias subiu ao cume do monte Carmelo e se inclinou por terra, e colocou o seu rosto entre os seus joelhos” (1 Rs 18:42).

1) Uma oração persistente e fervorosa.
O Apóstolo Tiago nos disse que ele orou fervorosamente (Tg 5:17). O Antigo Testamento diz que ele orou sete vezes (1 Rs 18:43). Isso indica persistência, tanto quanto fervor sincero. Em outras palavras, foi uma oração forte e urgente por parte de Elias. A postura de Elias para oração foi um tanto ou quanto incomum. Era, no entanto, a posição que as mulheres do Oriente Médio tomavam quando estavam a pronto de darem à luz. Era a posição para o trabalho de parto, a dolorosa pressão necessária para o nascimento. Da mesma maneira, o Espírito Santo geralmente faz com que tenhamos dores de parto na oração, a fim de que a palavra e o propósito de Deus possam ser gerados. Elias orou fervorosamente, sete vezes, antes que houvesse um sinal no céu de que a palavra de Deus estava a ponto de ser cumprida. A princípio, ele veio na forma de uma "pequena nuvem, do tamanho da mão de um homem “(1 Rs 18:44). Chega uma determinada hora, no processo do nascimento, em que nada consegue impedir que o bebê nasça. Elias havia tido as dores de parto na oração e, agora, Deus estava a ponto de fazer a Sua movimentação ! Elias diz a Acabe para pular em sua carruagem e por-se a caminho, antes que a chuva o atingisse. A história torna-se, agora, bem dramática: “E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva: e Acabe subiu ao carro, e foi para Jezreel”(l Rs 18:45,46).
2) Nós temos uma responsabilidade.
Deus quer que entendamos que há uma conexão ou ligação direta entre a profecia e a oração. Muitas pessoas recebem uma palavra profética para as suas vidas, porém não conseguem ver o seu cumprimento porque não fazem a sua parte, gerando o propósito divino nas entranhas da intercessão.
A profecia deve ser concebida, recebida e dada à luz, na oração e intercessão. “O que é nascido do Espírito é espiritual (Jo 3:6).
Tanto o profeta que fala a palavra quanto a pessoa que a recebe, têm uma responsabilidade diante do Senhor.
Quando a palavra do Senhor veio a Maria, a mãe de Jesus, ela teve que ser recebida e alimentada nelas, antes que pudesse ser dada à luz por ela. Maria era uma mulher de louvor e oração. Depois que o Espírito Santo veio sobre ela, ela profetizou.
O louvor, a oração e a profecia foram todos expressos através dela, de uma forma linda e poderosa, na casa de Isabel e Zacarias (Lc 1:35-38; 46-55).
Maria tornou-se, então, um belo exemplo para todos nós seguirmos, em nossa caminhada com Deus.
Somos, então, responsáveis em alimentar e gerar esta palavra, através das nossas orações e intercessão.
Como Maria, podemos então dizer de fato: “Cumpra-se em mim segundo a Tua palavra".

C. ORAÇÕES PROFÉTICAS
Gostaria de dar-lhes mais um exemplo da oração profética em ação. O Pastor Rick Howard, de Redwood City, Califórnia, ensinou à sua congregação os princípios da oração profética. Todos os sábados à noite, eles formam grupos de oração em sua igreja, com vistas à intercessão. Esta é uma forma de oração em que o Espírito Santo os dirige especificamente em suas intercessões.
1. Princípios a serem seguidos Em geral, seguem o padrão para as orações, que é baseado nos seis princípios seguintes:
a. Entregar-se ao Espírito Santo e a Jesus. Reconhecer a atitude de oração e entregar os seus espíritos à presença do Espírito Santo e do senhorio de Jesus.
b. Amarrar os poderes das trevas. Amarrar os poderes das trevas e do engano, que talvez tentem obstruir as suas orações ou influenciar os seus pensamentos.
c. Manter a mente e o espírito abertos. Abrir as suas próprias mentes e espíritos, a fim de permitirem que os rios da Agua da Vida venham a fluir do seu interior (Jo 7:37,38).
d. Ser capacitado pelo Espírito Santo. Ora para que o Espírito Santo de Deus, de amor e verdade capacite, especificamente, suas orações.
e. Orar em línguas. Cada grupo, então, ora em línguas, aguardando que Deus revele o que, como e por quem devem orar.
f. Orar a interpretação. Aí, então, orar sobre o que o Espírito lhes revelou através de pensamentos, da Palavra de Deus ou de visões espirituais.

2. Uma História Real
Numa dessas reuniões, uma irmã disse: “Acho que há alguns missionários, nas Filipinas, que estão em grande perigo”. Outra pessoa disse: “Sim, vejo-os numa prisão”. Alguém mais viu os prisioneiros mantendo os missionários como reféns, usando facas. Uma outra pessoa ainda os viu tentando escapar numa caminhonete branca. Eles, então, começaram a orar com urgência e fervor.
Dois anos e meio mais tarde, o Pastor Howard descobriu, através do autor deste capítulo, que tudo aquilo que havia recebido como revelação, através da oração profética, tinha realmente acontecido.
Na mesma noite em que estavam orando na Califórnia, já era domingo de manhã nas Filipinas. A irmã Olga, uma missionária muito conhecida pelos prisioneiros na Prisão de Bilabid, nas Filipinas, e mais quatro amigos, haviam sido feito reféns por prisioneiros que estavam segurando longas e afiadas facas em suas gargantas. A caminhonete branca, da irmã Olga, foi exigida pelos prisioneiros para ser usada como uma forma de fuga. Deus veio para resgatá-los, e a salvação deles não foi nada menos que um milagre.
Como foram poupados ? Os intercessores da Califórnia, sintonizaram-se com a mente de Deus. Por revelação, puderam orar profeticamente e Deus salvou as vidas de cinco missionários. Como ministros do Evangelho, deveria ser um grande encorajamento sabermos que há intercessores que nos estão sustentando através deste tipo de ministério de oração profética !
3. Uma palavra de encorajamento
Permita-me, caro leitor, encorajá-lo a considerar seriamente este ministério de oração profética. Deus quer mover-Se através de Seu poder, em nossas famílias, igrejas, governos e nas muitas nações do mundo. Exercite os dons do Espírito na sua vida de oração. Tente ouvir Deus falando e, aí então, permita que esta palavra nasça em você através do poder da oração de dores de parto. E tanto um grande privilégio quanto uma responsabilidade dos servos e servas de Deus em toda parte, orarem fervorosamente no Espírito Santo, através da profecia.









































Capítulo 6 A formação de uma equipe de oração profética

Introdução
Gostaria de compartilhar com vocês o propósito, o poder e a proteção que o trabalho em equipe proporciona, em orações proféticas. Consideraremos, também, como as equipes de orações deste tipo são formadas e como funcionam.

A. O Poder e o propósito de uma Equipe de Oração
Jesus está falando o seguinte: "Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra em oração acerca de qualquer coisa, isto lhes será feito pelo Meu Pai, que está nos céus. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em Meu Nome, porque são Meus, ai estou Eu no meio deles".(Mt 18:19,20).
Jesus está dizendo que há algo especial sobre a oração conjunta. A equipe de oração tem mais poder do que quando oramos a sós. Há um mistério que não compreendemos por completo. Sabemos que a oração a sós é importante e necessária, por seus próprios méritos. Contudo, Jesus está dizendo a Seus discípulos que Ele estará com eles, de uma forma incomum e poderosa ao se “reunirem” em oração.

1. A força na unidade
Na unidade há força. Na unidade espiritual há força espiritual ! Este é um princípio ou verdade importante. Quando estamos unidos num só coração e numa só mente no Espírito do Senhor, Ele Se move com grande poder e propósito, em nosso beneficio. Uma só pessoa pode afugentar mil, porém duas pessoas afugentarão dez mil quando Deus é a força por detrás da ação ! (Dt 32:30).
O princípio da força “unificada” é válido para um grande bem ou um grande mal. O poder de um povo é multiplicado quando este se une para um propósito comum. Deus interrompeu a construção da Torre de Babel por este motivo:
“Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é apenas o principio do que poderão fazer. E, agora, nenhum de seus intentos será impossível para eles” (Gn 11:6).
Este mesmo conceito do “poder conjunto” pode ser encontrado na Bíblia, de Gênesis a Apocalipse. Este é certamente um principio que Deus quer que coloquemos em prática ao orarmos. Jesus estava ensinando a Seus discípulos, uma verdade muito básica e importante.
O trabalho em equipe, sempre foi o meu tipo de abordagem no ministério. Não creio que as pessoas com atitude independente, possam edificar o Corpo de Cristo, da melhor forma. Vejamos como isto funciona, quando se forma uma equipe de oração profética.
a. O amor produz união. Jesus disse que poderíamos esperar a benção da Sua presença, quando nos reunimos em Seu Nome. A única maneira que conheço pela qual as pessoas podem de fato trabalhar juntas como uma equipe, é através da unidade do Espírito Santo. ‘.. o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado". (Rm.5:5). O amor traz união. O Espírito Santo enche os nossos corações com o amor de Deus — assim, amamos uns aos outros.
b. O orgulho produz desunião. A desunião é o resultado do orgulho. “Da soberba só provém a contenda [desavenças]...” (Pv 13:10). O inimigo fará o possível para quebrar o seu ministério de equipe de oração, pela discórdia e pelo conflito. Se isto acontecer, a melhor solução é ter um culto onde os membros da equipe façam a lavação dos pés, uns aos outros. Isto quebra o orgulho. “Ora se Eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros" (Jo 13:14).
2. A Vontade de Deus Revelada e Confirmada Quando a revelação acontece, vários membros confirmam o que foi recebido. Você descobrirá que a mesma revelação será dada a mais de um dos membros da equipe. Quando isso acontece, proporciona a confirmação de que estão recebendo o que está na mente do Senhor, como um resultado das nossas orações. As equipes de oração profética proporcionam uma forma sã e poderosa para interceder pelos outros e para descobrir a vontade de Deus. E um meio de permitir que o Espírito Santo ministre através dos Seus dons de sabedoria e de poder. Leia 1 Coríntios, para o ensinamento do nosso texto: “Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam e todos sejam consolados” (1 Co 14:31).

3. O Aprendizado No Uso Dos Dons Espirituais Devemos aprender a usar os Dons do Espírito. Os líderes de igrejas devem ter a responsabilidade de proporcionar ocasiões para que os crentes possam aprender a orar orações proféticas. E a melhor maneira de fazê-lo é reuni-los com os crentes mais experientes sobre equipes de oração. Paulo encoraja os crentes Coríntios, não somente a buscarem os dons espirituais, mas a excederem neles (versículo 12). Exceder significa se tomar mais eficaz ou melhor, nos nossos esforços, e isto envolve aprender através da experiência.
a. A Vontade de Deus e a Escolha do Homem. E a vontade de Deus, oferecer os Seu dons (1 Co 12:7-10) àqueles que fervorosamente buscam e fortemente os desejam(l Co 12:31; 14:1; 14:39). Deus atende ao nosso desejo pelos Seus dons, quando as nossas motivações são para edificar e louvar o Corpo de Cristo. E verdade que Deus tem o direito de conceder dons, de acordo com a Sua vontade, pois tudo começa e termina n’Ele. Contudo, Deus deu ao homem a liberdade para desejar e pedir para ser uma parte do Seu plano maravilhoso. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mt 5:6). Quando nos deleitamos ao fazer a vontade d’Ele, Ele coloca os Seus desejos nos nossos corações (51 37:4,5) e quando seguimos esses desejos em fé e em obediência, Deus nos escolhe e nos prepara para que façamos a vontade d’Ele. Do nosso ponto de vista, é como se pudéssemos escolher ser escolhidos. Sem Ele nós não podemos; sem nós Ele não quer ! Eis, ai, o equilíbrio entre a soberania de Deus (o direito de governar) e a liberdade de escolha do homem. Paulo nos estimula a buscarmos os Dons do Espírito, com fé e a desenvolvê-los em obediência. E através dos dons de Deus que o Seu amor pode alcançar um mundo doentio e sofredor. O amor é a motivação, e a oração é o meio através do qual o nosso testemunho e a nossa obra no mundo, começam. Consideremos, agora, os passos práticos de que necessitaremos para seguir na formação de equipes de oração profética.



B. Princípios e Diretrizes para uma Equipe

A palavra de Deus nos dá os princípios pelos quais uma equipe de oração profética pode funcionar de maneira sã e segura. O Apóstolo Paulo nos aconselha em 1 Coríntios 14:29: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem".

1. Três Princípios Há três princípios ou verdades práticas, expressas neste versículo: a. “E falem...profetas” — isso é liberdade ! b. “Dois ou três” — isso é fronteira ou limite ! c. “...os outros julguem” — isso é responsabilidade !

2. Por que esses Princípios são Necessários ?
a. Liberdade. Em primeiro lugar, é importante permitirmos que os dons espirituais sejam expressos. Sem esta liberdade, o Espírito Santo é “entristecido e reprimido”. Podemos sufocar ou silenciar a Sua voz (1 Ts 5:19; 1 Co 14:39).
b. Limite. Em segundo lugar, os lideres devem estabelecer limites razoáveis, quanto ao número de profecias dadas por qualquer pessoa... A idéia é evitar que uma só pessoa domine a reunião de oração. E também possível enfraquecermos o propósito das profecias, se forem tão demasiadas a ponto de a atenção da congregação ser dispersa (1 Co 14:40).
c. Responsabilidade. Em, terceiro lugar, os lideres precisam julgar e pesar o espírito e o conteúdo das profecias, de uma forma responsável. Isto é necessário porque ninguém é “infalível”, ou seja, a salvo da possibilidade de cometer erros. Se alguém orar alguma coisa que não seja verdadeira, os líderes devem fazer uma correção, de maneira branda. Fazendo isto, o crente aprenderá a usar os dons corretamente. Se a oração profética “atingir o alvo”, os líderes também devem confirmar o fato. Isto encorajará àquele que estiver aprendendo.

3. Seis Diretrizes
As seguintes diretrizes foram desenvolvidas através dos anos, por experiências práticas com equipes de oração, ao redor do mundo. Não são regras para serem seguidas de forma mecânica, porém são sugestões práticas, baseadas em princípios espirituais sadios. Creio que vocês verão que são de muita utilidade.
a. Crentes Maduros. Selecione seis ou oito crentes maduros, que sejam batizados no Espírito Santo e que tenham aprendido a usar os Dons de Línguas (ou profecia), na oração. Escolha, também, dois casais casados, um homem solteiro e uma mulher solteira, para que seja feita uma boa “mistura”. Acrescente aqueles que estão em treinamento, a uma equipe como a que foi formada pela “mistura” mas, somente se a equipe já tiver experiência em oração profética.
b. Num Círculo. Peça a todos que se sentem, formando um círculo.
c. Aceitar a Cristo. Peça a todos que orem esta oração: “Juntos, confessamos que Jesus é o Senhor. Recebemos a Sua presença entre nós, na Pessoa do Espírito Santo. Pedimos ao Espírito Santo que nos consagre agora, neste momento, para orarmos profeticamente”. (Lembre-se de que a sua retidão é baseada na cruz de Cristo e no derramamento do Seu sangue).
d. A Armadura de Deus. Peça-lhes, então, que pronunciem estas palavras de comando: “Senhor, Tu disseste que o que quer que amarrássemos na terra, deveria ser amarrado no Céu. Neste momento amarramos, no forte Nome de Jesus, os poderes das trevas que poderiam se opor ou interromper este ministério de oração. “Colocamos o capacete da salvação, com o qual impedimos a entrada de pensamentos errados em nossas mentes. Vestimos a couraça da retidão e tomamos o escudo de fé como nossa defesa contra sentimentos ou dúvidas errados. Abrimos os nossos corações para receber a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, a qual esperamos receber enquanto oramos. Assim como a palavra do Senhor veio aos antigos profetas, esperamos, Senhor, que nos envies a Tua palavra agora, para que a Tua poderosa vontade e as Tuas obras sejam reveladas entre nós” (Ef 6; Sl.107:20; Gn 15:1,4; 1 Sl 15:10; etc). Procedendo assim, você evitará que o diabo estrague as suas orações com seus pensamentos mentirosos ou com seus propósitos malignos.
e. O Espírito Santo no Controle. Faça esta oração: “Espírito Santo, submetemos os nossos corações e as nossas mentes a Ti. Coloca as Tuas orações em nossos lábios, os Teus pensamentos nas nossas mentes, os Teus sentimentos nos nossos espíritos. Nos submetemos ao Teu senhorio pois onde está o Espírito do Senhor, há liberdade” (2 Co 3:17).
f. Oração em Línguas. Libere os rios do Espírito Santo começando pelo orar juntos em línguas e deixe que isto seja a expressão da sua fé, do seu amor e da sua obediência a Deus. O seu desejo é tomar-se um só coração e um só espírito com o Senhor e um com o outro.

4. Oração pelos outros
Durante o tempo de treinamento, e de aprendizado o líder mais antigo da igreja, ou o mais velho, deve agir como o capitão da equipe de oração. Como esclarecimento, chamaremos àqueles por quem iremos orar, de candidato(s), nas instruções abaixo.
a. O candidato no meio do círculo. Quando a equipe estiver preparada para orar pelos candidatos que tenham necessidades especiais, faça com que um deles se sente no meio do círculo de oração.
b. Uma só pessoa deve conduzir. Se a pessoa for um homem, faça com que uma das mulheres da equipe (ou vice versa, se for um homem) conduza a oração por aquela pessoa. Neste ponto, confie no Senhor para conceder a oração profética. Ouça a oração cuidadosamente, pois pode ser uma revelação de segredos escondidos, mencionados na oração. Entrevistar o candidato. Se o Espírito Santo não der nenhuma direção para o próximo passo, peça ao capitão da equipe para entrevistar rapidamente a pessoa, conforme segue:
1) Por que eles vieram ?
Pergunte à pessoa, “Porque você veio a esta equipe de oração ? O que você espera receber aqui ?” A medida em que a pessoa for respondendo, os membros da equipe podem ouvir a confirmação de alguma coisa que tenham recebido do Espírito Santo, durante a oração. Continue falando com a pessoa, da mesma forma que Jesus fez com a mulher no poço, em Samaria (veja João 4:4-30). Não permita que a entrevista dure mais que cinco minutos.
2) Partilhar as revelações espirituais.
Se alguém da equipe sentir que o Espírito esteja dando alguma coisa para ser partilhada, aproveite, pois este é o momento. Algumas vezes, um quadro se formará em sua mente, e o Espírito pode fazer com que você saiba o que significa. Outras vezes, o Espírito dará a você versículos das Escrituras, endereçados às necessidades do grupo. Outras vezes, o Espírito dará uma vaga impressão de alguma coisa que você não teria como saber a respeito. Se isto acontecer, conte à equipe de oração e ao candidato, no momento apropriado, o que você achou ter recebido do Espírito. Pergunte, então, ao candidato “Isto é verdadeiro ?” Se a resposta for “Não, não é verdadeiro”, diga “Eu sinto muito. Este pensamento talvez tenha vindo da minha própria mente”. Se a resposta for “Sim, é verdadeiro” então prossiga de acordo com a orientação do Espírito, que você estiver sentindo.
3) A equipe toda deve orar.
Se você não tiver a orientação de como prosseguir, peça a todos da equipe para colocar as mãos, suavemente, no ombro ou na cabeça do candidato (dependendo do costume local) e orem juntos no Espírito. Confie que durante este tempo de oração, os membros da equipe receberão alguma coisa do Senhor. Se isto acontecer partilhe com todos, o que você receber. Caso não aconteça, então o capitão da equipe deve fazer uma oração final (confiando que o Espírito Santo fará com que seja urna oração profética). Há vezes em que o Espírito Santo parece nos dar muito pouco ou nada para que partilhemos, e quando isto acontecer, não force para fazer com que alguma coisa ocorra. Simplesmente diga ao candidato “Jesus ama você, e eu também”.

5. O Espírito direcionará
Após completar as “Seis Diretrizes”, a equipe deve continuar orando em línguas até que um (ou mais) do grupo, sinta a direção do Espírito pelo que a equipe deve orar. Tenham a expectativa de que o Espírito Santo lhes revelará a vontade do nosso Pai Celestial, a fim de que as suas orações possam ter uma direção especifica. A direção poderá vir na forma de um pensamento, de uma visão (um quadro mental), ou de uma passagem bíblica. Talvez envolva pessoas, lugares, eventos relacionados com a igreja de uma determinada pessoa, cidades, nações ou algum campo missionário estrangeiro. Geralmente, o Espírito de Deus introduz a oração da equipe nas estruturas de poder da sociedade, os assim-chamados “modeladores das mentes”:
*Ciência
*Mídia
*Negócios
*Igreja
*Artes
*Governo
*Escola
*Lar
*Forças Armadas
a. Cada um acrescenta a sua parte. Geralmente, uma ou mais pessoas do grupo sente uma direção a ser tomada na oração. Todo o grupo, então, deveria começar a orar suavemente no Espírito, contando com os dons de uma palavra de conhecimento, palavra de sabedoria, discernimento de espíritos, línguas, interpretação de línguas e profecia. A medida em que várias pessoas começam a expressar a sua oração com fé, Deus revela pelo que e como orarmos. Cada um acrescenta uma parte da revelação de Deus, à medida em que lhes é concedida a sua oportunidade para orar. E a isto que Paulo se referia ao dizer que se a revelação vier a uma outra pessoa sentada ao nosso lado, devemos permitir que esta pessoa fale, para que todos possam profetizar, um após o outro(1 Co 14:30,31).
b. Sócios com Jesus. Isto é a verdadeira oração profética em ação. Desta forma, Deus pode produzir uma completa revelação da Sua vontade para uma dada situação. Estamos, na verdade, completando o círculo do Seu propósito através da oração e intercessão. Fico pasmo e maravilhado com o que o Espírito revela durante estas ocasiões de oração. À medida em que a maré espiritual se levanta e a fé aumenta, a oração torna-se mais real do que os problemas e necessidades pelos quais oramos. Durante uma de nossas conferências, tínhamos dez equipes de oração, que oravam desta maneira. Notadamente, em repetidas ocasiões, durante aquele dia de oração, cinco ou seis das equipes foram direcionadas para orar sobre o mesmo fardo do Senhor. As diversas equipes não sabiam disto, até serem chamadas para um tempo de testemunho, o capitão da equipe, então, compartilhou com todos, a direção dada pelo Espírito, sobre o que orar e os seus resultados. E, levantando-se, todos repetiam sem parar, “O Senhor nos disse para orarmos sobre a mesma coisa na nossa equipe”. Quanta alegria e conforto isto nos traz quando verificamos que somos sócios com Jesus em Seu ministério de intercessão.

C. Problemas e Perigos na Oração Profética
Ao considerarmos o ministério de equipes de oração profética, precisamos falar sobre algumas áreas problemáticas e perigosas. Os dons da graça de Deus, podem ser abusados de formas muito desairosas.
Não devemos ter medo do nosso inimigo, porém é necessário que estejamos cientes de suas astutas artimanhas (2 Co 2:11).
Não seria de se admirar, que algo tão poderoso quanto as equipes de oração, fosse alvo de seus ataques. Os motivos pelos quais podemos esperar que surjam problemas com relação á oração, estão claramente retratados para nós, em Provérbios 14:4: "Não havendo bois, o celeiro fica limpo, mas pela força do boi há abundância de colheitas". Neste pequeno provérbio, encontra-se um grande princípio a ser observado por nós. Onde não há nenhum boi, é fácil mantermos o celeiro limpo. Não há nenhuma sujeira que necessite ser removida. Contudo, onde não há nenhum boi, tampouco há colheita. É preciso que haja a força do boi para se cultivar os frutos do campo. A verdade é bem óbvia. Se quisermos a força do boi e os frutos da colheita, teremos que agüentar alguns problemas de sujeira que acompanham os benefícios.
Em outras palavras, se quisermos o poder e os resultados que os dons do Espírito de Deus trazem, teremos de enfrentar os problemas — e as pessoas problemáticas — que os acompanham. E possível varrermos para o lado, os dons do Espírito Santo e termos um estábulo limpo, porém muito estéril (sem vida). Bois mortos e celeiros quietos e limpos, fazem uma boa combinação. As igrejas mortas não têm nenhuma vida, nenhum poder, nenhum louvor !
Como a infância, assim também a adolescência apresenta seus próprios problemas especiais. E a época intermediária entre a criança e o adulto. E uma época em que um pouco de conhecimento e muita energia querem correr bem à frente da sabedoria e da experiência! Isto também acontece em nosso crescimento e vida como cristãos. Muitos problemas podem surgir quando o nosso conhecimento sobre os dons do Espírito não for equilibrado pela nossa maturidade de um caráter e experiência cristãos.
Já vimos que quando as palavras (o falar) dos Dons de Línguas, de Interpretação de Línguas e de Profecia são acompanhadas pela Palavra de Sabedoria, de Conhecimento e de Discernimento de Espíritos, desempenham um papel importante no ministério de oração profética. Quais são alguns dos problemas especiais que podem surgir na prática da oração profética ?
1. A Direção Pessoal Necessita de Equilíbrio
Um dos perigos, evidentemente, é olharmos para os dons do Espírito como uma espécie de "instrumento mágico” para se descobrir a vontade de Deus para direções pessoais. A incorreção de tal uso dos dons, seria como irmos a uma cartomante ou como usarmos um tarô e pedirmos a bênção de Deus em nossas ações. Deus nunca permitirá que fujamos do caminho da fé. A fé funciona na confiança de que Deus está mantendo a Sua promessa: “E o SENHOR te guiará continuamente..." (Is 58:11). Asseguro-lhe que se você não estiver em rebelião, será difícil não perceber a vontade de Deus. O Senhor, algumas vezes, é misericordioso para conosco, concedendo-nos forte confirmação profética, através daqueles que oram por nós. Contudo, não permita que isto seja um substituto para a sua comunhão com o Senhor. Ele pode falar diretamente a você, se você aprender a ouvir, nos seus momentos de oração a sós. Deve haver, sempre, um equilíbrio entre as seguintes coisas:
a. A Palavra De Deus — Princípios bíblicos e palavras especiais. b. O Espírito De Deus — Testemunho interno, sonhos, dons espirituais. c. O Corpo De Cristo — Confirmações através de conselhos e profecias. d. Circunstâncias — Das maneiras arranjadas e/ou rearranjadas por Deus. e. A Nossa Atitude — A nossa humildade, fé e obediência pessoal.
Deus quer que a nossa fé e confiança estejam n’Ele. As direções deveriam surgir de nossos relacionamentos com Deus e de um com o outro no Corpo de Cristo. Quando estes relacionamentos estão em ordem correta, então podemos esperar que o Senhor nos guie e nos dirija de uma forma segura e certa. Sairmos deste equilíbrio divino, significa abrirmo-nos a direções e influências falsas, tolas e, até mesmo, perigosas.


2. Humildade e não orgulho
A humildade é a salvaguarda de Deus contra erros humanos. Os dons do Espírito Santo sempre estão sujeitos a erros humanos. Todos nós podemos cometer enganos com relação a isto. Sempre há um certo risco quando Deus permite que a Sua palavra perfeita seja falada através de homens imperfeitos. Porém, Deus providenciou uma maneira de proteger, tanto o Seu ministro quanto a Sua palavra. Há uma grande segurança na humildade ! A humildade nos dons do Espírito é expressa de duas formas:
a. Disposição em admitirmos que podemos cometer erros. b. Disposição em recebermos correções quando erramos.
Permitam-me dar-lhes um exemplo do que estou querendo dizer. O Pastor David Schoch, de Long Beach, Califórnia, tem um dos mais poderosos dons proféticos que já testemunhei nos 40 anos do meu ministério. Ele passa muito tempo em oração e intercessão. Como lhes contei em nossa última lição, tal preparação é necessária para o ministério profético. Ele considera o seu chamado profético de uma maneira bem séria e responsável. Os anos têm provado, de fato, a maturidade e a precisão do seu ministério.
Em 1965, eu estava num retiro onde ele estava ministrando. Ele estava apontando pessoas com problemas físicos e descrevendo as suas enfermidades, com a palavra de conhecimento. Ele sempre perguntava se estava correto, antes de orar por elas. Houve várias curas concretas.
Ele chamou uma mulher e começou a descrever a sua condição. Ai, então, ele lhe perguntou se ela estava sofrendo daquele problema. Ela replicou que não
tinha o problema que ele havia descrito. Em seguida, a reação dele para com ela, diante de uma multidão de 600 a 700 pessoas, foi de verdadeira humildade. Ele não argumentou e nem deu nenhuma desculpa. Ele, simplesmente, disse que podia cometer erros e que sentia muito. Aí, então, ele parou com a ministração de curas e prosseguiu com a sua mensagem.
No final do sermão, cerca de 45 ou 50 minutos mais tarde, ele convidou as pessoas que precisavam de oração, para virem á frente. Para surpresa de todos, a senhora que havia negado a sua necessidade, subiu correndo a plataforma. Ela confessou, então, que por estar constrangida, havia mentido que não tinha o problema que ele havia descrito. Diante de todos, ela pediu o perdão de Deus e o dele.
À luz desta verdade, fiquei muito impressionado com a resposta dócil do Irmão Schoch, à primeira negação dela. Muito embora estivesse certo e ela fosse a pessoa em erro, ele não tentou defender-se ou desafiar a afirmação daquela senhora. Ele não reivindicou, de forma alguma, ser infalível porém admitiu que poderia estar errado. Que nobre exemplo de humildade a ser seguido por todos nós !
Se você vier a formar uma equipe de oração profética, você deve fazê-lo com pessoas que saibam ser humildes. Elas não devem ser do tipo que defendam a si próprias ou aos seus dons. E quando as
outras pessoas não aceitarem as suas
revelações, devem ser suficientemente humildes para reconhecerem dizendo:
“Eu posso estar errada e me desculpe, se eu estiver”.


3. Profecia falsa

Há um importante princípio de equilíbrio espiritual que eu gostaria de examinar e que se encontra em 1 Tessalonicenses 5:20,21: “Não desprezeis as profecias. Provai ou examinai todas as coisas. Retende o que é bom".
a. Prove todas as Coisas e retenha o que é bom.
Lemos neste versículo que devemos apreciar o valor da palavra profética. Contudo vemos, também, que deixemos provar ou julgar esta palavra para verificarmos se é certa ou errada. Somente, então, podemos reter firmemente o que é bom e descartar o que é errado.
Qual é a forma de provarmos se uma profecia é certa ou errada ? A Bíblia nos dá uma palavra simples e clara sobre o assunto: “Quando tal profeta falar em nome do SENHOR, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o SENHOR não falou. Com presunção - além da sua fé e revelação
- falou o tal profeta... “(Dt 18:14-22).
A resposta é muito simples: A verdadeira profecia cumpre-se e concorda com a Bíblia.
Infelizmente, a mesma coisa acontece com alguns ministérios “proféticos” que estão atualmente viajando ao redor do mundo. Nunca providenciam acompanhamento às suas profecias, para saberem o quanto suas palavras têm sido certas ou erradas. Alguns, até mesmo crêem terem alcançado um nível de infalibilidade, ou seja, de nunca cometerem erros. Tem havido alguns resultados trágicos tanto para o profeta quanto para as pessoas, devido a esta falta de responsabilidade.
b. Julgue o profeta.
Uma das maneiras para se julgar um profeta é ver se ele é responsável por suas palavras proféticas e pelos efeitos delas. Elas são palavras de verdade e de vida, ou elas produzem confusão, medo, divisão e decepção ?
Certa vez, eu estava orando, juntamente com um profeta, por um casal. O homem por quem orávamos era um dentista. Deus havia abençoado aquele homem com uma casa maravilhosa, a qual ele usava, uma vez por semana, para um grande ministério de oração. Ele podia acomodar mais de 100 pessoas numa das salas que ficava nos fundos da casa. Naquelas reuniões, Deus estava salvando, curando e enchendo com o Espírito, todos que ali compareciam semanalmente. A presença de Deus estava naquela casa e as pessoas eram atraídas pelo Espírito a irem até lá, para receber ajuda.
Certo dia, alguém que compareceu àquela reunião profetizou ao dentista que ele deveria vender a casa e partir para um ministério viajante.
Desejoso de fazer a vontade de Deus, o dentista colocou sua casa à venda. A esposa dele, no entanto, se desesperou e não tinha mais paz. O dentista também estava muito aborrecido, uma vez que não havia sido convidado para ministrar em parte alguma e porque nenhuma porta havia se aberto para ele.
O casal, então, veio a nós pedindo ajuda e confirmação da tal profecia. Não sabíamos absolutamente nada sobre as circunstâncias do que acabava de ser relatado. O Senhor falou para o profeta com quem eu estava orando: “Escravidão Profética!”
O profeta viu, através do Espírito, que uma profecia errada havia sido dada ao casal, o que havia provocado uma grande confusão espiritual.
Eu e o profeta oramos e quebramos aquela “servidão profética” e libertamos os dois, para que ouvissem a voz de Deus por eles próprios. Eles choravam muito, à medida em que a paz de Deus inundava os seus espíritos e que eles percebiam que o Senhor havia impedido que eles cometessem um sério engano.
Isto nos mostra porque precisamos ser cautelosos e humildes ao ministrarmos aos outros. Do contrário, podemos proferir palavras que amarram, em vez de palavras que libertam.
Oremos como Jesus. Ele disse: “O Espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos” (Is 61:1; Lc 4:18).
Jesus veio para nos libertar e não para nos colocar em servidão.


D. Conclusão
Sim, há um propósito, poder e proteção especiais no ministério das equipes de oração profética. Experimentá-lo significa conhecê-lo! E um ministério que Deus está restaurando à Sua Igreja no mundo todo. É estimulante sabermos que as orações de cada equipe estão tendo a participação das orações de muitas outras equipes do Corpo de Cristo. Há um laço de amor na oração que une os nossos corações como irmãos e irmãs na grande família de Deus. Todos pertencemos à mesma Equipe e todos temos o mesmo desejo: que a vontade do nosso Pai possa ser feita na terra como é feita no Céu. "Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra em oração acerca de qualquer coisa, isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos céus. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em Meu Nome [porque são Meus], aí estou Eu no meio deles” (Mt 18:19,20).

























Capítulo 4 Dirigindo a sessão de libertação

A. Onde ?
1. Interna ou externamente
a. Longe de Multidões. Não expulse demônios onde estiver presente uma multidão (especialmente se forem incrédulos). Jesus repreendeu o espírito maligno e o expulsou rapidamente ao perceber uma multidão de curiosos se aproximando. “Quando Jesus viu que a multidão se reunia rapidamente, Ele repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, Eu te ordeno: Sai dele e não entres mais nele “(Mc 9:25).
b. Num local fisicamente seguro. Há casos conhecidos em que um espírito imundo saiu de uma pessoa e entrou num espectador incrédulo curioso. Alguns líderes de igreja preparam uma sala com carpete ou acolchoados no chão e travesseiros ao redor da parede. Este acolchoamento impede que os endemoninhados se machuquem fisicamente. Geralmente, os endemoninhados se contorcem e se açoitam quando os demônios saem deles.
B. Como ?
1. Comece com oração e louvor Quando você estiver envolvido numa libertação, é bom começar com louvor, e, em seguida, adoração a Deus no Espírito (Jo 4:23,24). Louvar a Deus edifica a sua fé. “Ele não duvidou da promessa de Deus através da incredulidade, mas foi forte na fé dando glórias a Deus” (Rm 4:20). Declare a vitória que você tem sobre Satanás. “E eles o venceram [ao diabo] pelo sangue do Cordeiro, e pela palavra de suas declarações [testemunhos, confissões] ... “(Ap 12:11). A adoração traz a presença manifesta [a unção] do Espírito Santo na situação. Cante corinhos e cânticos de adoração adorando a Jesus, podem criar uma atmosfera onde a vontade do Espírito Santo pode ser mais prontamente cumprida. “Mas trazei-me agora um menestrel. E sucedeu que, tocando o menestrel, a mão do SENHOR veio sobre ele [Elias] (2 Rs 3:15).”
2. Declaração de fé pelo endemoninhado Faça com que o endemoninhado se ajoelhe e reconheça (diga com a sua boca): “A minha libertação vem somente através de Jesus Cristo e da Sua vitória sobre o diabo e os seus anjos. Creio que Jesus é o Senhor! Dobro os meus joelhos, confesso isto com a minha boca, e declaro: “Que ao nome de Jesus todo joelho se dobrará no Céu [os anjos e santos], na terra [os que crêem em Jesus], e debaixo da terra [os demônios] “(Fp 2:10). Conheço a verdade, e a verdade me libertará... Assim sendo, se o Filho me libertar, verdadeiramente serei livre” (Jo 8:32,36).
3. Use o nome de Jesus Cristo Use o Nome de Jesus Cristo para ratificar a vitória que Ele ganhou sobre Satanás e as suas forças: “... Deus O exaltou ao lugar mais elevado e Lhe deu o nome que é sobre todo o nome...” (Fl. 2:9).Marcos 16:l7diz: “...Em Meu nome expulsarão os demônios...”
4. Fale com autoridade Lembre-se do ponto C.7 do último capítulo. E como um resultado do derramamento do sangue de Jesus na Cruz que você tem a vitória sobre Satanás e as suas forças (Ap 12:11). Com isto em mente, fale com o demônio com palavras de ordem (de autoridade) e diga ao demônio exatamente o que ele deve fazer. Creia que as suas palavras farão com que os demônios abram mão do seu domínio para preparar o ambiente para a vinda de sobre a pessoa envolvida e saiam. Deus. O domínio está “sobre” a pessoa quando o demônio estiver oprimindo-a do lado de fora,e “dentro” da pessoa quando os espíritos malignos tiverem entrado em seu corpo, alma, ou espírito e a tiverem amarrado física, emocional, mental, ou espiritualmente. Não peça a Deus para Ele libertar a pessoa. Toda a Sua autoridade foi dada a você (Lc 10:19; Ef 1:19-23). Você é agora a pessoa que deve agir em lugar de Cristo.
5. Repreenda os espíritos e ordene que saiam Repreenda o diabo e ordene que os espíritos imundos saiam da pessoa: “...Jesus... repreendeu o espírito maligno: Espírito surdo e mudo, disse ele, Eu te ordeno: Sai dele e nunca mais entre nele” (Mc 9:25). “...Paulo... voltou-se e disse ao espírito: “Em nome de Jesus Cristo, eu te ordeno que saias dela! Naquele momento o espírito saiu dela (At 16:18)”.
6. Mantenha as sessões curtas Quando a pessoa entra num transe, talvez seja mais difícil expulsar o espírito. Você poderá passar horas e ficar exausto. A razão disto talvez seja o fato de o espírito maligno não estar preparado para sair da sua vitima. Contudo, se a pessoa estiver preparada para a libertação (através de ensinamentos apropriados e seguindo os passos delineados acima), tudo poderá estar terminado dentro de alguns minutos. Eu recomendaria um limite de tempo de aproximadamente vinte minutos por sessão de libertação. Sessões adicionais podem ser necessárias.
O autor ajudou na libertação de uma criança atormentada na Guiana, América do Sul. A criança não acordou durante o tempo em que falamos as palavras de ordem. Dissemos para os demônios saírem e nunca mais voltarem. Devido ao fato de a criança estar dormindo, não havia nenhuma maneira de sabermos se os demônios haviam obedecido ou se obedeceriam. Quando a criança acordou cerca de quatro horas mais tarde, um forte grito e um engasgo sinalizaram a saída do demônio. Isto indica que quando as palavras de ordem são faladas com fé, os demônios precisam partir se não for imediatamente, então logo que a pessoa recobrar a consciência.
7. Não imponha as mãos sobre o endemoninhado Lembre-se: a menos que você seja dirigido explicitamente pelo Espírito Santo a fazer isto, não imponha as suas mãos sobre a pessoa quando você estiver expulsando os demônios. Jesus e Paulo expulsavam demônios com uma palavra de ordem e autoridade. Impomos as mãos sobre as pessoas para abençoá-las (Gn 48:14-16; Mt 19:14,15), para curarmos os enfermos (Mc 6:2,5; 16:18b;Lc4:40; 13:13;At19:11,12),para transmitirmos o Dom do Espírito Santo (At 8:17; 9:17; 19:6), para transmitirmos os Dons do Espírito Santo (1 Tm 4:14; 2 Tm 1:6) e para colocarmos um selo público de aprovação em fiéis servos de Deus (Nm 27:18-23). Normalmente, porém, não impomos as mãos em endemoninhados. Ainda que não haja nenhum mandamento bíblico direto em contrário, talvez Paulo esteja subentendendo isto em 1 Timóteo 5:22: “Não seja precipitado na imposição de mãos, e não compartilhe dos pecados alheios. Mantenha-se puro.” Às vezes, pela imposição de mãos numa pessoa que vem para ser liberta, talvez você esteja atendendo à exigência do demônio de receber atenção e aceitação. Recordo-me de uma ocasião em que uma mulher com um espírito imundo (um espírito de concupiscência), veio para pedir oração a um grupo de homens de negócios cristãos que não tinham nenhum ensino nem experiência sobre isto. A imposição de suas mãos sobre ela estimulou fantasias sexuais pervertidas, resultando em contrações orgásticas. Ela nem queria e nem recebeu a libertação. A identificação com um demônio desta maneira contamina o seu espírito, especialmente se você não estiver caminhando em total retidão em sua própria vida. Nestes casos, é melhor termos mulheres ministrando a mulheres, e homens a homens.
C. Acompanhamento após a Libertação
1. Certifique-se de que a pessoa que passou pelo processo de libertação...
a. Memorize as escrituras É importante darmos à pessoa exorcizada trechos adequados das Escrituras para serem memorizados a fim de que ela possa resistir ao diabo, se e quando ele tentar voltar para atacá-la (Veja Lucas 11:24-26; Gálatas 5:1). Ensine a pessoa a seguir o exemplo de Jesus quando Satanás tentou destruí-Lo. Jesus citou as Escrituras para derrotar a Satanás (Mt 4:4,6,7,10).
b. Compreenda a autoridade do crente. Ensine a pessoa sobre a sua autoridade na qualidade de crente e como vestir toda a armadura de Deus. (Ef6:10-18; 2 Co 10:3-5).
e. Afirme a sua libertação. Faça com que a pessoa leia João 8:36 em voz alta. Estimule-a a afirmar verbalmente (falar com os seus próprios lábios) que ela foi liberta por Jesus, exatamente como Ele prometeu. “Se confessares com a tua boca [reconhecer a verdade da Palavra de Deus]...serás liberto” (Rm 10:9) (Veja também 1 Coríntios 15:57 e Colossenses 2:15).
d. Viva uma vida santa. Ensine a pessoa que é essencial que ela viva uma vida pura, santa, e separada uma vida de total compromisso para com Deus. “Rogo-vos pois, irmãos, em vista da misericórdia de Deus, que ofereçais os vossos corpos como sacrifícios vivos, santas e agradáveis a Deus este é o vosso ato espiritual de adoração.” “Não vos conformeis mais ao padrão deste mundo, mas sede renovados pela transformação de vossas mentes.” “Ai então podereis testar e aprovar qual é a vontade de Deus — a Sua boa, agradável, e perfeita vontade” (Rm 12:1,2).
e. Perdoe os que lhe maltratam. É muito importante que a pessoa, através da sua própria escolha voluntária, caminhe numa vida de total e contínuo perdão. Ensine à pessoa a importância de perdoar e de continuar perdoando a qualquer um que tenha lhe prejudicado no passado. Satanás tentará trazer de volta pensamentos de coisas erradas feitas contra ela para produzir um espírito de falta de perdão. Se Satanás for bem-sucedido, isto dará aos demônios motivos legais para oprimirem a pessoa ainda mais. Eis aqui a maneira de derrotarmos a estratégia de Satanás e frustrarmos o diabo (ensine o seguinte ao endemoninhado): Aproveite todas as ocasiões de lembrança de coisas erradas feitas contra você para perdoar. Quando você se lembrar de uma injustiça, diga em voz alta: “Obrigado Satanás, por-me fazer lembrar. Eu perdôo (cite o transgressor)- pela injustiça cometida contra mim” (Veja Mateus 5:21-26; 6:14,15). Isto frustrará o diabo de tal forma que ele parará de incomodar a pessoa. Enfatize que se a pessoa recém-liberta deixar de fazer isto,.ela terá aberto a porta para que Satanás volte a entrar para atormentá-la (Veja Mateus 18:21-35).
2. Sessões adicionais podem ser necessárias Há muitos anos atrás, na Ásia, uma mulher que tinha um espírito de adultério recebeu a Jesus como seu Senhor .e Salvador. Contudo, a escravidão demoníaca não foi quebrada. Ela era como Maria Madalena da Bíblia. Ela chegava a ter relações sexuais com até seis homens por dia. Ela estava profundamente angustiada e queria ser liberta. Durante a primeira sessão de exorcismo, ela caiu ao chão, silvando e contorcendo-se como uma cobra, à medida em que os demônios começaram a sair. Após quinze minutos, percebemos que ela estava física e emocionalmente exausta. Assim sendo, nós a assentamos. Quando ela se recobrou, marcamos uma data para que ela viesse a uma segunda sessão de ensino e lhe demos mais versículos bíblicos para memorizar. Após a primeira sessão, o seu impulso sexual obsessivo foi quebrado e ela abandonou o seu estilo de vida imoral. Contado, ela ainda não tinha nenhuma afeição natural e bíblica com relação ao seu marido. ‘À mulher disse Deus: . ..o teu desejo será para o teu marido... “(Gn 3:16).
Após ter sido ministrada pela segunda vez, os silvos e as contorções continuaram, mas não tão graves como da primeira vez, e mais escravidões demoníacas foram quebradas. Ela voltou para casa, da segunda sessão, com liberdade para amar e viver com o seu marido de uma maneira normal, completamente curada. Foram necessárias duas sessões, mas a sua liberdade foi completa. Se três sessões não libertarem a pessoa por completo, ou o desejo dela de liberdade não é forte, ou vocês estão necessitando autoridade espiritual e fé. Nestes casos, façam com que a pessoa e a equipe de libertação se comprometam a sete dias de jejum. e oração, e ai então tentem novamente. - Peçam que o Senhor lhes mostre qual é o obstáculo. Quando Ele o fizer, peçam uma palavra de sabedoria com relação ao que é necessário para se remover o obstáculo. Aí então façam o que o Espírito disser.
D. A Libertação não é ...
1. Provocar vômitos A libertação não é dar à pessoa café, chá, ou água para beber a fim de que ela possa vomitar o demônio !
2. Dar banhos A libertação não é banhar a pessoa em água bem gelada a fim de que o espírito imundo tenha que sair dela !
3. Açoitar ou bater A libertação não é amarrar uma pessoa a uma árvore e surrá-la com uma vara ou chicote para expulsar o espírito maligno.
4. Retaliar Não agrida nem ataque a pessoa se ela ficar violenta com você. Lembre-se que não é ela na realidade, e sim o demônio nela. Permita que outros ajudem a refreá-la.
5. Tortura verbal A libertação não é dizer ao demônio: “Eu te torturo ou te tormento com o sangue de Jesus Cristo !” Estas cinco práticas podem parecer estranhas e cômicas para você, mas muitas destas práticas não-bíblicas de libertação acontecem ao redor do mundo. Estas coisas podem causar mais mal do que bem e trazer descrédito ao nome de Jesus.


E. Anime-se
Quando. você se envolve na guerra espiritual e na libertação, Deus diz: “Sê forte e corajoso, porque levarás este povo a herdar a terra que jurei aos seus pais que lhes daria” (Js 1:6). E que a sua resposta seja: “Tudo quanto nos ordenaste faremos, e aonde quer que nos enviares iremos (Js 1:16).”
1. Cristo ganhou a vitória A nossa salvação, a nossa libertação, e a nossa redenção de todas as obras de Satanás foram realizadas para nós por Cristo. Quando Ele proferiu as palavras “está consumado“, foi como hastear a bandeira de vencedor sobre uma terra liberada, onde a batalha havia sido travada, e onde o inimigo havia sido conquistado e forçado a render-se. Cristo, o “capitão da nossa salvação e autor e consumador da nossa fé” (Hb 2:10; 12:2), veio a este mundo e derrotou o nosso inimigo, Satanás. Jesus o despojou da sua autoridade, levou embora as nossas dores e as nossas derrotas, e ressuscitou da sepultura, triunfante sobre o diabo. Ele declarou as palavras triunfantes: “Está consumado !” Cristo, o Capitão da nossa salvação, travou a nossa batalha por nós e nos libertou do poder e do domínio do inimigo.
2. Os Demônios não têm nenhum direito legal Por que, então, tantas pessoas ainda são oprimidas pelos espíritos de enfermidades e doenças ? Porque, muito embora a nossa propriedade tenha sido liberada do inimigo, e muito embora o poder de Satanás sobre as nossas vidas tenha sido tirado dele, ainda permanece um exército de demônios que continuam a resistir à nossa liberdade e a indignar-se com a nossa vitória. Os espíritos demoníacos não possuem nenhum direito legal para continuarem oprimindo e atormentando os crentes com doenças e enfermidades. Mas os demônios estão cientes de que a maioria das pessoas não sabem que Satanás se rendeu e foi derrotado. Até mesmo a maioria dos cristãos não sabe que as forças de Satanás absolutamente não têm nenhum direito sobre eles. Assim sendo, os demônios continuam as suas oposições ilegais à herança dos crentes em Cristo, e derrotam a muitos. Contanto que as pessoas não saibam sobre a derrota legal de Satanás, ele pode operar desobstruidamente. A nossa tarefa, no entanto, é ler e crer no registro da total derrota de Satanás e compartilhar estas boas novas com os outros. “Visto que somos carne e sangue, Jesus também tomou sobre Si Mesmo carne e sangue, para que através da morte, Ele pudesse destruir [incapacitar] aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo (Hb2:14).” Isto nos diz que o diabo foi despojado de todo o seu poder. Podemos resistir ao diabo, firmes na fé, e ele fugirá de nós (Tg 4:7; 1 Pe 5:9).
3. Os demônios serão julgados “Não sabeis vós que nós [os salvos] haveremos de julgar os anjos ?” (1 Co 6:3). A Palavra de Deus diz: “Haveremos de julgar os anjos. “Satanás e os seus anjos já foram julgados e a condenação deles já foi declarada. Alguns anjos caídos já estão acorrentados nas trevas, aguardando a execução do julgamento (Jd 6). Outros, inclusive Satanás, obtiveram a permissão de continuarem a sua obra maligna de acusar os irmãos, golpear os santos, e de fazer oposição à vontade de Deus (Jó 1:6-11).
a. Por Cristo e a sua noiva. O ato final do Senhor, a execução do julgamento sobre Satanás e os seus demônios, será compartilhado pela Sua noiva, a Igreja. Participaremos da execução da condenação que já foi declarada sobre o diabo e os seus anjos (Mt 25:41). Judas 6 nos diz que a execução da sentença será judicialmente feita no “julgamento daquele grande dia” O “grande dia”é “o dia do Senhor” (Is 2:12-22).
1) No dia em que a paz e a retidão forem instituídas. Será um dia de instituição da paz e da retidão. “Aí então o Rei dirá aos que estão à Sua destra: Vinde, benditos do Meu Pai, her-dai o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo” (Mt 25:31-40).
2) No dia do juízo. Será também.o dia de Juízo. “Então Ele também dirá aos que estiverem à Sua mão esquerda: Apar-tai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos” (Mt 25:41-46). Este é o início do “julgamento daquele grande dia” O fim não virá até que o mundo tenha desfrutado de um governo de retidão por mil anos. Simão Pedro nos diz “que com o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia” (2 Pe 3:8).
3) Após o milênio. Por mil anos, Satanás será amarrado e lançado no abismo. Quando os mil anos tiverem terminado, ele será solto e sairá para enganar incontáveis milhares de pessoas que nasceram durante o reinado milenar (de mil anos) de Jesus Cristo, mas que nunca nasceram de novo (Ap 20:1-3,7-9).
4) Antes do julgamento do grande Trono Branco. O julgamento dos anjos caídos precederá o julgamento do Grande Trono Branco dos mortos ímpios, após os mil anos (Ap 20:10). Portanto, está em harmonia com as Escrituras a conclusão de que Satanás e todos os anjos malignos serão julgados por Cristo e pelos crentes no final do reinado de mil anos, pouco antes do julgamento do Grande Trono Branco. Lembre-se que Jesus disse que o inferno foi ‘preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25:41). “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai as boas novas a toda a criatura... E estes sinais acompanharão os que crêem: em Meu Nome expulsarão os demônios” (Mc 16:15,17).

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